sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Trocando Reais

Não sou economista nem acompanho o vai-e-vem do câmbio, mas pela minha experiência de valor do câmbio x praticidade, geralmente recomendo trazer Reais para trocar por Pesos aqui. Trazer dólares significa ter que trocar no Brasil e retrocar aqui de novo. Dois trabalhos, acaba perdendo no câmbio duas vezes. A menos que você já tenha os dólares. Ou os euros.

Para mim, o lugar que cotiza melhor o Real é o BANCO PIANO
Hoje mesmo, no Piano, R$ 1 vale 1,91 pesos!!! Essa é a melhor cotização do real desde que vim morar aqui. A desvantagem é que só funciona em horário de banco, segunda à sexta, de 10 a 15h. TEM QUE LEVAR PASSAPORTE!

A casa de câmbio que recomendo, e que essa sim, aberta até 17, de segunda à sábado, é uma que fica em frente ao Shopping Alto Palermo, na calle Anasagasti, esquina com a calle Guemes. Não precisa de nenhum documento. Nadica de nada.

FUJAM da casa de câmbio Metropolis, tem várias sedes em vários lugares. Se for pra resolver um aperto, tudo bem… mas… pra ter uma idéia o câmbio de hj lá é R$ 1 = 1,30 pesos.

Cartão de débito e crédito

Você pode sacar dinheiro com o cartão de crédito internacional aqui tranquilamente. Cartões brasileiros podem sacar somente 900 pesos por dia, sendo 300 pesos em cada saque. Verifique com o seu banco qual a taxa cobrada para saques na Argentina.

Cartões de crédito não são aceitos em todos os lugares como no BR. Muuuuuitos restaurantes aceitam só cash mesmo.

Para as comprinhas, você pode colocar no cartão maaaas não pode dividir! Não sei porque, mas as máquinas daqui não dividem compras em cartões internacionais. Sai tudo de uma vez na sua fatura.

Já vi gente chegar aqui e não conseguir usar o cartão. Depois, souberam que o Banco, no Brasil, bloqueou o cartão por razões de segurança. Por isso, vale a pena avisar ao seu banco que sobre a sua viagem, para evitar problemas.

July 18th, 2009 | Tags: Buenos Aires, cambio | Category: Guia de sobrevivência, Villa Crespo | Comments are closed
Como não se perder em Buenos Aires
Buenos Aires é uma cidade toda quadriculadinha. Dá pra ver lá de cima, do avião ainda.

Isso faz com que se locomover na cidade seja bem fácil, até mesmo para mim, que já ganhei apelido de desbussolada, pela minha falta de senso de orientação. Hoje, me localizo melhor em Buenos Aires que em Salvador, onde morei por 10 anos.

Basta aprender isso aqui:

-Cada quarteirão é uma cuadra.
-As casas / edifícios são numeradas numa sequência bastante lógica, números pares de um lado, ímpares do outro. As cuadras vão do 0 a 100, 100 a 200 … 3400 a 3500 e assim vai. Sempre de 100 em 100.
- Não adianta muita coisa dizer pro taxista Avenida Santa Fe, 3874. É melhor você procurar saber que rua cruza com a Avenida Santa Fe nessa altura. Nesse caso são as ruas Armenia e Malabia. Você deve dizer ao taxista Avenida Santa Fe, 3874, entre Armenia y Malabia. Acredite: isso vai te economizar tempo, umas voltinhas a mais e $$.

-Ah, meu Deus, mas como é que vou saber isso???

Eu digo:

Google maps

Como Viajo - te ensina também como chegar em metrô, em ônibus, de carro e a pé! E traballha com mensagem de texto, veja só.

Guia T – vende nas bancas também, custa mais ou menos 7 pesos e é uma mão na roda, porque te ensina que ônibus pegar. E ainda serve de lembrancinha da cidade. Todo argentino tem, todo estrangeiro ama. Recomendo e não vivo sem!

Aqui, minha coleçãozinha de Guias T!

Em tempo: Mapa de Buenos Aires, o mapa preferido da Ciana Lago

July 18th, 2009 | Tags: buenos aires guia | Category: Guia de sobrevivência | 2 comments
Guia de regras de conduta: no restaurante
Antes de mais nada, a reserva:

Aqui, existe o costume de reservar mesa no restaurante, mais que nada para a noite.
Alguns restôs – geralmente os mais famosinhos – só trabalham com reserva. Ligue um dia antes e reserve sua mesa pra chegar linda e loira diretinho pra sua mesa, sem passar frio/calordoinferno do lado de fora, esperando na fila.
Ah, tem que ser PONTUAL. Eles só dão uns 10 minutinhos de tolerância e olhe lá.

Chamando o garçom:

Temos os terrível hábito de chamar o garçom com o SHHH, ou PSIU, EI e outras onomatopéias. Para o argentino, isso é falta de educação. O garçom vai ficar no maior mau-humor. O pessoal aqui chama garçom assim:

Se for num lugar entre descolado e fino, leia-se PALERMO e RECOLETA, a sua melhor chance de ser atendido é fazendo contato visual. Exatamente. Siga o garçom que você viu que atende A ÁREA DA SUA MESA (os outros nem olharão pra você, nem se preocupe) e reze para ele te ver. Feito o contato visual, discretamente – e rapidamente – faça um movimento de cabeça como se estivesse dizendo sim. Ou levante o braço um pouquinho: mão na altura da cabeça. O garçom vai te dar um olhar de “Te vi!” e jajá virá te atender.

Já num lugar mais meio cantina, com garçons mais senhoris e gordinhos, geralmente de gravata borboleta, tá valendo um MOZO (garçom), MAESTRO (mestre) ou JEFE (chefia), mas SEM GRITAR, minha gente, sem gritar.

Fazendo o pedido:

No Brasil, principalmente em momentos de lazer, fim se semana e férias, quando vamos a um restaurante, temos nosso próprio tempo para fazer o pedido. Primeiro umas bebidinhas para começar, depois tira-gosto, depoooooois a comida e olhe lá. Aqui, o garçom quando vem à sua mesa pela primeira vez, já quer saber o que você vai beber, qual a entrada e qual o prato principal, TUDODEUMAVEZAGORA.

Inclusive, algumas vezes, passei por esse dilema antes mesmo de ver o cardápio (carta em castelhano). Antes que nada, la carta, por favor! Ah, sí, claro! Ai ai.

Se você tá a fim de um almoço demorado, daqueles de ir pedindo aos pouquihos, é melhor avisar logo de uma vez: Perdón, nosotros vamos a ir pidiendo con calma, de a poco. Cualquier cosa, te aviso. Gracias.
Se não, o carinha vai vir a cada 5 minutos perguntar se você já decidiu.

La cuenta / A conta!

O uso de cartão de crédito/débito aqui, não é tão difundido como no Brasil. Pergunte anes, para não ter problema. Tem muito restaurante grande e famoso que só trabalha com CASH. Nem adianta chorar.

Os 10% de serviço não vêm incluído na conta, pelo menos EU NUNCA VI.

O procedimento é: a conta foi 85 pesos. Você coloca lá aquela sua nota de 100 que guardou para essa ocasião. O garçom vai levar a conta com o $ e vai trazer o troco, no caso, 15 pesos. Então, agora, você vai deixar a gorjeta, ou PROPINA, como se diz aqui (é, eu sei, eu sei). O padrão é 10%, nesse caso 8,50, mas você pode dar mais ou menos de acordo com o serviço que recebeu, com o troco do qual você dispõe e da sua grandeza de espírito. O importante é deixar ALGO. A menos que o serviço tenha sido TERRÍVEL. A propina deve ser deixada na mesa, nada de chamar o garçom e entregar direto na mão dele ou dizer aquele famoso “Pode ficar com o troco!” Tudo assim, bem discreto, propina mesmo!


Ah, e o melhor e mais completo Guia Gastronômico de Buenos Aires é o Guia Óleo, que tem um site superótimo com todos os restaurantes, classificados pelos próprios internautas, como telefone, endereço e tudo mais que você precisa saber. Além de um Guia de Vinhos Argentinos altamente recomendáveis. A versão impressa, formato pocket, custa 30 pesos e pode ser comprada em qualquer banca de revista (Kiosko) ou na lojinha virtual do próprio site. Ainda vem com cupons de até 50% desconto em vários restaurantes!

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