sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O bom desempenho na escola
Divulgação
Capa de "Criança nota 10", da Publifolha
1 - O bom desempenho escolar é aprendido. Você começa por acreditar que todos os alunos podem aprender a estudar melhor, a reter mais informações, a maximizar seus pontos fortes naturais, a fazer o sistema trabalhar a seu favor e a aceitar que são bem-sucedidos. Se você acreditar nisso, estará no caminho certo. E a leitura deste livro irá ajudá-lo.
2 - Muitas vezes, a ajuda para seu filho ter um bom desempenho na escola é uma questão de "mais" ou "menos": Mais escuta, menos repreensão; mais questionamentos, menos queixas inúteis; mais elogios, menos detalhamentos; mais busca de sugestões, menos oferecimento de conselhos.
3 - O bom desempenho escolar é uma decisão. Você e seu filho têm de tomá-la em conjunto.
4 - Ame seus filhos profundamente para permitir que eles sejam os melhores.
5 - Atualmente, as crianças precisam daquilo de que os alunos sempre precisaram para se dar bem na escola: estrutura, disciplina, desafios, respeito, reconhecimento, oportunidades, escolhas, segundas oportunidades, compreensão e muito amor. Achar um jeito de materializar tudo isso é papel dos pais.
6 - Não espere 10 em tudo, mesmo que seu filho seja muito inteligente. Expectativas rígidas e irreais fazem a criança imaginar que, para conseguir o amor dos pais, tem de alcançar padrões inatingíveis. Sua tarefa é mostrar a seus filhos que eles têm de ser eles mesmos. Assim, conseguirão aprender o que precisam.
7 - Seja realista quanto ao que ocorre na escola. Prepare-se para os problemas. Prepare-se para as soluções. Você não será pego de surpresa.
8 - Se você não consegue fazer uma venda ou ocorre algo frustrante no trabalho, isso não o transforma numa pessoa ruim. Se o seu filho vai mal na escola, aplica-se a mesma regra. Espere um bom desempenho, mas aceite as limitações humanas e a má sorte.
9 - Sempre encare um grande esforço como bom desempenho.
10 - O bom desempenho escolar é um assunto para a família toda. Nenhum aluno o consegue sozinho. Procure fazer todo mundo ajudar.
11 - Não permita que os outros definam o potencial de seus filhos.
12 - O bom desempenho escolar é uma meta que vale a pena. O perfeccionismo não. Não seja duro demais com seus filhos ou consigo mesmo. Permitam-se ser imperfeitos.
13 - Se você quiser ser reconhecido por ter contribuído para o bom desempenho de seu filho na escola, aceite também as críticas pelas falhas.
14 - Bom desempenho escolar não se compra. Não ofereça dinheiro para seu filho fazer o dever de casa. O resultado disso não é um aluno melhor, mas uma criança mal-educada, mimada e interesseira.
15 - Não peça nem espere favores de seu filho. Os estudantes se fortalecem quando fazem as coisas sozinhos, sem esperar que alguém faça algo por eles.
16 - Nunca elogie a mediocridade. O elogio gratuito desvaloriza o que tem mérito. Elogie os esforços e as conquistas bem-feitas.
17 - Procure ser um modelo em tudo aquilo que você incentiva seu filho para alcançar bom desempenho, em vez de se destacar pela crítica.
18 - Às vezes, o melhor modo de ajudar o desempenho de um filho é simplesmente estar disposto a escutá-lo.
19 - Quando algo vai mal na escola, lembre-se de que seu filho não é mau, preguiçoso ou burro - é apenas uma criança.
20 - Seus filhos podem ter a melhor educação formal que quiser dar a eles. Isso talvez signifique trabalho duro, esforços extras, escolhas difíceis, sacrifícios e firmeza, mas pode se tornar real. Se não se tornar, alguns professores e diretores talvez tenham uma parcela da responsabilidade, mas o verdadeiro motivo é que você e seus filhos não desejaram isso de verdade.

domingo, 7 de dezembro de 2008

VAMOS APRENDER OS SINAIS DE PONTUAÇÃO
PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos variados e representam as pausas e entonações da fala. A pontuação dá à escrita maior clareza e simplicidade.
A seguir veremos os principais empregos de alguns sinais de pontuação.
PONTO FINAL
É utilizado na finalização de frases declarativas ou imperativas.
Exemplo:
Lembrei-me de um caso antigo.
Vamos animar a festa.
O ponto final também é utilizado em abreviaturas.
Exemplo:
Sr. (senhor), Sra. (senhora), Srta. (senhorita), pág. (página).
PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)
É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta.
Exemplo:
Quem é você?
Por que ninguém ligou?
Não deve ser usado nas perguntas indiretas.
Exemplo:
Perguntei a você quem estava no quarto.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)
É usado no final de frases exclamativas, depois de interjeições ou locuções.
Exemplo:
Ah! Deixa isso aqui.
Nossa! Isso é demais!
VÍRGULA
A vírgula é usada nos seguintes casos:
- para separar o nome de localidades das datas.
Recife, 28 de junho de 2005.
- para separar vocativo.
Exemplo:
Meu filho, venha tomar seus remédios.
- para separar aposto.
Exemplo:
Brasil, país do futebol, é um grande centro de formação de jogadores.
- para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além, por exemplo, além disso, então.
Exemplo:
O nosso sistema precisa de proteção, isto é, de um bom antivírus.
Além disso, precisamos de um bom firewall.
- para separar orações coordenadas assindéticas.
Exemplo:
Ela ganhou um carro, mas não sabe dirigir.
- para separar orações coordenadas sintéticas, desde que não sejam iniciadas por e, ou e nem.
Exemplo:
Cobram muitos impostos, poucas obras são feitas.
- para separar orações adjetivas explicativas.
Exemplo:
A Amazônia, pulmão mundial, está sendo devastada.
- para separar o adjunto adverbial.
Exemplo:
Com a pá, retirou a sujeira.
PONTO E VÍRGULA
O ponto e vírgula indica uma pausa mais longa que a vírgula, porém mais breve que o ponto final.
Emprega-se o ponto e vírgula nos seguintes casos:
- para itens de uma enumeração.
Exemplo:
As vozes do verbo são:
1. voz ativa;
2. voz passiva;
3. voz reflexiva.
- para aumentar a pausa antes das conjunções adversativas – mas, porém, contudo, todavia – e substituir a vírgula.
Exemplo:
Deveria entregar o documento hoje; porém só o entregarei amanhã à noite.
DOIS PONTOS
Os dois pontos são empregados nos seguintes casos:
- para iniciar uma enumeração.
Exemplo:
O computador tem a seguinte configuração:
- memória RAM 256 MB;
- HD 40 GB;
- fax-modem;
- placa de rede;
- som.
- antes de uma citação.
Exemplo:
Já diz o ditado: tal pai, tal filho.
Como já diz a música: o poeta não morreu.
- para iniciar a fala de uma pessoa, personagem.
Exemplo:
O repórter disse: - Nossa reportagem volta à cena do crime.
- para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que já foi dito.
Exemplo:
O Ministério de Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde.
Nota de esclarecimento:
Nossa empresa não envia e-mail a seus clientes. Quaisquer informações devem ser tratadas em nosso escritório.
RETICÊNCIAS
Indicam uma interrupção ou suspensão na seqüência normal da frase. São usadas nos seguintes casos:
- para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Exemplo:
Estava digitando quando...
Guiava tranqüilamente quando passei pela cidade e...
- para indicar hesitações comuns na língua falada.
Exemplo:
Não vou ficar aqui pôr que... pôr que... não quero problemas.
- para indicar movimento ou continuação de um fato.
Exemplo:
E a bola foi entrando...
- para indicar dúvida ou surpresa na fala da pessoa.
Exemplo:
Rodrigo! Você... passou no vestibular!
Antônio... você vai viajar?
ASPAS
São usados nos seguintes casos:
- na representação de nomes de livros e legendas.
Exemplo:
Já li “O Ateneu” de Raul Pompéia.
“Os Lusíadas” de Camões tem grande importância literária.
- nas citações ou transcrições.
Exemplo:
“Tudo começou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar lá na sede. Já havia mandado um currículo antes, mas eles nunca entraram em contato comigo. Quando as seleções recomeçaram mandei um currículo novamente”, revelou Cleber.
- destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia.
Exemplo
Que “belo” exemplo você deu.
Vamos assistir a “show” de mágica.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008



Del 6 al 12 de diciembre se realizará el primer Festival de Cine y Música de San Isidro “Pantallas Musicales”. Se inspira en los de Bologna y Pordenone, y propone a los espectadores del siglo XXI nuevas experiencias estéticas a partir del rescate de obras maestras del cine mudo acompañadas por música en vivo impecablemente ejecutada por consagrados artistas locales e internacionales; la música en algunos casos es original, y en otros se compone especialmente para la ocasión.
Se trata de una coproducción entre la Dirección General de Cultura de la Municipalidad de San Isidro, la Fundación Cinemateca Argentina y Festpiele, productora del Festival Internacional de Música de Ushuaia.
La semana de proyecciones, en su casi totalidad al aire libre, tendrán un marco inmejorable: las casas y espacios históricos del emblemático San Isidro; este recorrido nocturno por jardines, residencias y plazas recientemente restauradas se completa con actividades paralelas (milonga callejera, festival gastronómico) que hacen prever que “Pantallas Musicales” se convertirá en un clásico instantáneo.
Detalles
Desde el comienzo del cine, que nació mudo, se hicieron intentos por acompañarlo con sonido, tímidos balbuceos, diálogos detrás de la pantalla, discos grabados y sincronizados, orquestas en vivo, y el arquetípico pianista.
Con ¨El cantor de Jazz¨ (1927) el cine comenzó a hablar y a cantar. La nueva técnica produjo un quiebre en la estética del cine mudo; las cámaras se hicieron más pesadas y los argumentos, ahora al servicio de innumerables canciones, perdieron frescura. Este fenómeno también se dio en Argentina: los cantantes y actores de la radio se convirtieron en estrellas del cine nacional e hicieron del tango su bandera.
Con el paso del tiempo y el cambio del gusto del público muchas de esas grandes películas de la primera época del cine se olvidaron y desaparecieron, a veces para siempre.

Programa
Sábado 6 a las 21
Jardines del Museo Pueyrredon, Rivera Indarte 48, Acassuso
EXPEDICION ARGENTINA STOESSEL- 60´ (Argentina, 1928/1930, Andrés y Adán Stoessel) Dirección: Andrés Stoessel; montaje Federico Valle: Música versión restaurada: Santiago Chotsourian.
Los hermanos Adán y Andrés Stoessel, partieron el 15 de abril de 1928 de su pueblo Arroyo Corto, Provincia de Buenos Aires, con la intención de unir Buenos Aires y Nueva York. Para realizar esa epopeya, usaron un automóvil Chevrolet modelo 1928.
Este raid fue cubierto en dos años y 15 días. Las capitales de América del Sur todavía conservaban su pasado colonial, registraron la vida cotidiana de las poblaciones rurales y las actividades sociales de los distintos círculos que los recibieron a su paso.
Entrada libre, capacidad limitada.
Domingo 7 a las 21
Exterior de la Iglesia Catedral, Av. del Libertador 16200, San Isidro
LA PASION DE JUANA DE ARCO- 110´ (Francia, 1928, Carl T. Dreyer)
Partitura original de Victor Alix y Léo Pouget. Guión:Carl T. Dreyer, Joseph Delteil, fotografía: Rudolf Maté y Goestula Kottula. Música: Victor Alix y Léo Pouget. Reparto: René Falconetti, Eugéne Silvain, Maurice Schutz,Michel Simon, Antonin Artoud.
Narra la historia de la doncella de Orléans , Juana de Arco afirmaba que por designio divino debía liberar a Francia , capturada por sus enemigosenfrenta un proceso yjuicio ante el tribunal de Rouenleal al rey de Inglaterra, que la condenará por herejía.
Acompañamiento: Orquesta y coro dirigidos por Santiago Chotsourian
Entrada libre.
Lunes 8 a las 21
Plaza Mitre, Av. del Libertador 16300, San Isidro.
CHAPLINIANA
CARLITOS CAMBALACHERO (The pawn shop) Estados Unidos 1916 - 32´
Director: Charles Chaplin; Guión: Charles Chaplin, Vincent Bryan, Maverick Terrell. Montaje: Charles Chaplin; Reparto. Charles Chaplin, Edna Purviance, Henry Bergman.
Carlitos es ayudante en una tienda de empeño y tiene una rivalidad con otro empleado, en la trastienda se encarga de ordenar las cosas y atendiendo a los clientes hace todo tipo de destrozos.
CARLITOS VAGABUNDO (The vagabound) Estados Unidos 1916 - 24´
Director: Charles Chaplin; Fotografía: William C. Foster, Roland Totheroh. Guión: Vincent Bryan, Charles Chaplin; Montaje: Charles Chaplin. Reparto: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Leo White, Leo Bacon.
Un poco comedia un poco drama, Carlitos es un vagabundo que trata de ganar algo de dinero tocando música en la calle y bares, en el camino conoce a una chica que fue raptada y vive en un campamento de gitanos, hará todos los esfuerzos posibles para ayudarla.
CARLITOS INMIGRANTE (The immigrant) Estados Unidos 1916 - 25´ Director: Charles Chaplin; Fotografía: Roland Totheroh, William C. Foster. Guión: Charles Chaplin, Reparto: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Henry Bergman.
Carlitos viaja a América en barco, allí conoce a Edna que viaja con su madre enferma: en un partido de cartas gana dinero y decide dárselo a Edna, sin que ésta se de cuenta. Es acusado injustamente de robo, pero limpiarán su nombre. Tiempo después se reencuentran y compartirán su futuro juntos.
Con acompañamiento de Ernesto Jodos en piano
Entrada libre.
Martes 9, a las 21
EnCine Atlas -Tren de la Costa-, Lasalle e Ituzaingó, San Isidro.
HOMENAJE A ASTOR PIAZZOLLA EN EL CINE ARGENTINO
DOS BASURAS (Argentina 1958-75´) Dirección: Kurt Land. Guión: José María Unsaín y Alfredo Ruanota, sobre obra teatral del primero. Fotografía: Alberto Traversa; Escenografía: Gori Muñoz: Música: Tito Rivero. Leit Motiv ¨Lo que vendrᨠAstor Piazzolla. Montaje: Vicente Castagno. Reparto: Amelia Bence, Luis Prendes, Noemí Laserre, Ricardo Lavié, Gloria Ferrandiz Luis Tasca.
Un peón de obras sanitarias se enamora de una prostituta de la zona portuaria y la lleva a vivir con él, con la intención de redimirla. Al cabo de un tiempo, ella cree que él la engaña con otra mujer y lo mata.
Entradas gratuitas anticipadas en el lugar una hora antes de la función.
Miércoles 10 a las 21
Jardines de VILLA OCAMPO, Elortondo 1837, Beccar
VANGUARDIAS:
LA ESTRELLA DE MAR (L´étoile de mer) Francia 1928 - 15´ Director: Man Ray. Sobre un poema de Robert Desnos. Reparto: Kiki de Montparnasse, André de la Rivière, Robert Desnos.
Relato onírico del poema de Desnos, la vida y la muerte vistas desde el cristal desfigurado de la cámara.
REBELION MATUTINA (Vormittagsspuk) Alemania 1928 - 9´ Dirección: Hans Richter. Guión: Hans Richter,Werner Graeff; Fotografía:Reimar Kuntze; Montaje: Hans Richter
Reparto: Werner Graeff, Walter Gronostay, Paul Hindemith.
Divertimento visual, los personajes y objetos cotidianos adquieren vida y se comportan de forma inusual.
EL PERRO ANDALUZ- (Un chien andalou) Francia 1929 - 17´ Dirección: Luis Buñuel. Guión: Luis Buñuel, Salvador Dalí, Director de fotografía: Albert Duverger, Montaje: Luis Buñuel; Escenografía: Pierre Schilzeck; Reparto: Simone Mareuill, Pierre Batcheff, Salvador Dalí, Luis Buñuel, Jaume Miravitlles.
¨Un perro Andaluz¨ nació de la confluencia de dos sueños, Dalí soñó con hormigas que pululaban en sus manos, Buñuel a su vez con una navaja que seccionaba el ojo de una mujer¨. Para André Breton Un perro andaluz, es el ejemplo perfecto del surrealismo en el cine.
ENTREACTO (Entre´acte) Francia 1924 - 22´ Dirección: Rene Clair; Fotografía: Jimmy Berliet, Música: Eric Satie. Reparto: Jean Börlin, Inge Friss, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Man Ray, Darius Milhaud, Marcel Achard.
Diseñado para exhibirse en uno de los intermedios de un ballet de Francis Picabia, el corto experimental de René Clair era un ejercicio de estilo puro. Pintores y músicos vanguardistas actuaron y contribuyeron para el efecto total; no hay una historia conexa, sino una sucesión de incidentes extraños que conducen a una persecución final que mezcla el surrealismo con la comedia bufonesca. Basado en una historia de Arthur Rimbaud.
Acompañamiento musical a cargo del Trío de Marcelo Katz
Capacidad limitada. Entradas gratuitas anticipadas en la Dirección General de Cultura, Av. del Libertador 16208, desde el martes 9, de 9 a 16.
Jueves 11 a las 21.
PLAZA 9 de JULIO; Monseñor Larumbe y Necochea,Martínez
PERDÓN VIEJITA (Argentina 1927 - 30’) Dirección. José Agustín Ferreyra. Argumento: José Agustín Ferreyra;Reparto: Mary Tutgenova, Stella Maris, Floricel Vidal, Alvaro Escobar, Ermete Mediante, Mario Zappa.
La familia de Doña Camila y sus dos hijos Elena y Carlos; este último siendo ladrón reformado, se enamora de Nora, una prostituta, y decide invitarla a la casa. Elena, cortejada por un misterioso Don Juan, recibe un anillo, que Nora le quita quejándose que seguramente éste sea robado y es acusada injustamente.
Al finalizar habrá Milonga al aire libre. Acompañamiento musical: Vale Tango; director: Andrés Linetzky; solista: Esteban Riera
Entrada libre.
Viernes 12 a las 21
PASEO DE LOS TRES OMBUES, Beccar Varela 700, San Isidro
EROTIKON (República Checa 1929 - 85´) Producción: Genfilm. Dirección: Gustav Machatý. Guión: Gustav Machatý. Director de fotografía: Václav Vich. Diseño de producción: Julios Borsody. Música: Jan Klusák. Reparto: Karen Schileichert, Ita Rina, Olaf Fjord, Theodor Pistek, Charlote Suza, Luigi Serventi.
En una noche tormentosa, un viajero se hospeda en la casa del jefe de estación. En ausencia de éste, seduce e inicia una relación pasional con su hija que les conducirá desde la intensidad del placer al dramatismo de la separación y el reencuentro.
Copia del Národní Filmový Archiv, República Checa.
Acompañamiento: Grupo de cámara dirigido por Santiago Chotsourian
Entrada libre.

domingo, 30 de novembro de 2008

Colegio Pedro Poveda3º Varieté SolidariaShows y 60 stands de feria. Dom. 07/12 de 17 a 22 hs. Hipólito Yrigoyen 751. Vicente López.
Teatro Mágico AlparamisEncanto NavideñoDir. Peter Mc Farlane. Ma. a dom. y feriados 16 y 18 hs. Canjear entradas en el Teatro. (Por cada $ 20 de compra, una invitación). Av. Libertador 2229. Olivos. 4790-4000.
Tierra de LibrosLos cuentos de Beedle el bardoPresentación del nuevo libro de J. K. Rowling. Jue. 04/12 desde 19 hs. Gratis.Los chicos también cuentanpor Alumnos de 5º y 6º grado de la Esc. Nº 10 Julio A. Roca. Sáb. 06/12 18 hs. A la gorra. A partir de 5 años.Suspenso en NavidadNarración oral para toda la familia, por Claudia Macchi y Graciela Sarcone. Vie. 19/12 19 hs. A la gorra.Albarellos 826. Acassuso. 4798-2965.
Biblioteca Popular Bernardino RivadaviaBiblioteca InfantilLu. a vie. de 15 a 20 hs. Sáb. de 9 a 13 hs. Gratis.A. del Valle 199. Martínez. 4792-9458.Puertolibro, mediateca infantil y JuvenilUn muelle de historias Club de lectura. Visitas escolares. Talleres (radio, origami, cestería para niños). Avellaneda 1059. Florida. 4797-6423.
Biblioteca Infantil Había una VezCuentos navideñosVie. 05, 12 y 19/12 de 17:30 a 19:30 hs. Gratis (Reservar lugar con anticipación).Virrey Loreto 2832. Munro. 4756-5043.
Casa de CuentosTarde de cuentos navideñosJue. 18, vie. 19 y sáb. 20/12 18 hs. Reservar lugar con anticipación.Ricardo Rojas 559. Victoria. 4725-4511.
Bowling & Co.Show de MagiaDom. 21:30 hs. Gratis. Para toda la familia.Además: Bowling, Pool, Metegol, Videojuegos, Autos chocadores, Láser shots.Norcenter LifeStyle Mall. Panamericana Km. 16,5. Vicente López.
Puente de las culturasExpo de Arte, Cultura y TurismoArtesanías, espacio infantil, talleres, espectáculos infantils y musicales para toda la familia. Vie. a dom. y feriados desde 11 hs. Gratis.Av. Maipú 2305. Olivos.
C. C. de la Ribera Domingos en FamiliaTalleres de arte para grandes y chicos. Dom. y feriados desde 15 hs. $ 6 por actividad. A partir de 3 años. Roque Sáenz Peña 1485 (y el río). San Isidro. 4747-9221.
Juegoteca EcoKinderJuegos, circo y cama elástica, meriendas compartidas. Únicamente con reserva previa. $ 10 la hora (con merienda incluída).Ruta 25 1819 (frente a Jumbo). Escobar. (15) 5662-3083.
Exploratorio de CienciasCentro Científico Tecnológico InteractivoDom. de 16 a 19 hs. ( hasta el 14/12) $ 15. Menores de 4 años, gratis. Además: Exploratorio Móvil, Visitas de colegios. Roque Saenz Peña 1400 (y el río). San Isidro. 4743-1177.
CAIFA (Club de Astronomía Ing. Félix Aguilar)Observaciones astronómicasVie. 20:30 hs. Sujeto a condiciones meteorológicas (confirmar telefónicamente).Bouchardo 2556. Martínez. 4743-0640.
La Granja ChocolatadaGranja Educativa, juegos, talleres y merienda. Ma. a dom. y feriados de 11 a 18 hs. (hasta 21/12). Entrada $ 15. Menores de 3 años, gratis.Panamericana Ramal Pilar Km. 48. Pilar. (02322) 64-4540.
Chacra Educativa San Isidro LabradorVisitas guiadas a los corrales (más de 170 animales de granja), taller de amasado de pan. Sáb de 14 a 18 hs. Bono contribución $ 5, menores de 5 años y jubilados $ 2. Perito Moreno 2610, Villa Adelina. 4763-7415.
Reserva Ecológica Ribera NorteVisitas guiadasSáb., dom. y feriados 16 hs. Gratis.Abierta todos los días de 9 a 18 hs. Visitas guiadas a la luz de la luna.Cno. de la Ribera e/López y Planes y Almafuerte (alt. Libertador 15400). Acassuso. 4747-6179.
Reserva Ecológica de Vicente LópezAbierta todos los días de 9 a 17 hs. Visitas guiadas: Sáb. 15 hs. Gratis. Paraná y el río. (alt. Libertador al 4000, La Lucila). Vicente López. 4513-9858.
Reserva Natural del PilarVisitas GuiadasDom. desde las 11 hs. Gratis.Calle Savio y Río Luján (atrás de la Ex-Fábrica Militar). Pilar. (02322) 49-9601.
Dirección de TurismoVisitas GuiadasSáb. 15 hs. Gratis. Rosario 1000. Estac. San Fernando (Tren de la Costa). 4746-2016.
Parque de la CostaParque Temático con juegos mecánicos y shows en vivo. Vie. a dom. y feriados desde las 11 hs. Pasaporte promo $ 35. Pasaporte plus $ 45. Pasaporte Verano (abierto hasta el 31/03) $ 75. Discapacitados, embarazadas y mayores de 60 años: $ 25.Vivanco 1509. Tigre.4002-6000.
Bioparque TemaikénParque de Animales Silvestres. Ma. a dom. y feriados de 10 a 19 hs. Mayores $ 35. Menores de 3 a 10 años y jubilados $ 23. Menores de 3 años, gratis. (Martes, 50 % de dto.)Ruta 25 Km. 1. Escobar. (03488) 43-6900.
Paseo Quinta TrabuccoParque, exposiciones, conciertos, conferencias, talleres.Ma. a sáb. de 10 a 17 hs. Dom. de 14 a 17:30 hs. Gratis. Melo 3050. Florida. 4513-1954.
Plaza Vte. López y PlanesFeria Artesanal de OlivosSáb, dom. y feriados de 11 a 20 hs. Gratis.El payaso chicho y sus burbujasSáb., dom. y feriados 15 y 17 hs. A la gorra.Además: Calesita (a benef. Asoc. Fax que hospeda a niños carenciados) y Plaza de Juegos.R. Gutierrez e/ Salta y Wineberg. Olivos.
Paseo de la CostaBatoco (Barriletes a Toda Costa)Dom. desde 10 hs. Güemes y el río. Vicente López.Feria Artesanal de la Costacon más de 50 artesanos. Sáb., dom. y feriados 11 a 18 hs.Urquiza y el río. Vicente López.
Meus amigos, as coisas continuam complicadas aqui em Santa Catarina, vocês podem acompanhar pela tv e internet, porém o povo catarinense é um povo guereiro, que não desiste nunca.
Abaixo segue o depoimento de um morador de Itajai, uma das cidades mais atingidas. O depoimento é longo, mas só assim para sabermos o que realmente aconteceu com toda a população catarinense.

Preciso falar para vocês, pois sei que muitos estão ajudando na arrecadação de donativos. Hoje recebi um e-mail solicitando ajuda para preparar de 2 a 3 mil sanduiches para enviar para Itajaí onde as pessoas estão passando fome e nem tem como preparar comida em função de falta de água etc.


Bom segue então o depoimento de um catarinense, abraços à todos e obrigada.
Meus amigos, Hoje 27 de novembro de 2008 o sol saiu e conseguimos voltar a trabalhar. Adespeito de brincadeiras e comentários espirituosos normais sobre esta"folga forçada" a verdade é que nunca me senti tão feliz de voltarao trabalho. Não somente pelo trabalho, pela instituição e pela própriatranqüilidade de ter aonde ganhar o pão, mas também por ser um sinal deque a vida está voltando ao normal aqui na nossa Itajaí.As fotos que circulam na internet e os telejornais já nos dão as imagensclaras de tudo que aconteceu então não vou me estender narrando edescrevendo as cenas vistas nestes dias. Todos vocês já sabem de cor. Euquero mesmo é falar sobre lições aprendidas. Por mais que teorias e leituras mil nos falem sobre isso ainda ésurpreendente presenciar como uma tragédia desse porte pode fazer aflorarno ser humano os sentimentos mais nobres e os seus instintos maisprimitivos. As cenas e situações vividas neste final de semana prolongadoem Itajaí nos fizeram chorar de alegria, raiva, tristeza e impotência.Fizeram-nos perder a fé no ser humano num segundo, para recuperar-la noseguinte. Fez-nos ver que sempre alguém se aproveitará da desgraçaalheia, mas que também é mais fácil começar de novo quando todos sedão as mãos. Que aquela entidade superior que cada um acredita (Deus, Alá, Buda, GADUetc.) e da forma que cada um a concebe tenha piedade daqueles: - Que se aproveitaram a situação para fazer saques em Supermercados,levando principalmente bebidas e cigarros- Que saquearam uma farmácia levando medicamentos controlados,equipamentos e cofres e destruindo os produtos de primeira necessidade queficaram assim como a estrutura física da mesma.- Que pediam 5 reais por um litro de água mineral.- Que chegaram a pedir 150 reais por um botijão de gás.- Que foram pedir donativos de água e alimentos nas áreas secas pravender nas áreas alagadas.- Que foram comer e pegar roupas nos centros de triagem mesmo não tendosuas casas atingidas.- Que esperaram as pessoas saírem das suas casas para roubarem o querestava.- Que fizeram pessoas dormir em telhados e lajes com frio e fome para nãoter suas casas saqueadas.- Que não sentiram preocupação por ninguém, algo está errado em seucoração.- Que simplesmente fizeram de conta que nada acontecia, por estarem emáreas secas. Da mesma forma, que essa mesma entidade superior abençoe: - Aqueles que atenderam ao chamado das rádios e se apresentaram no domingono quartel dos bombeiros para ajudar de qualquer forma.- Os bombeiros que tiveram paciência com a gente no quartel para nosinstruir e nos orientar nas atividades que devíamos desenvolver.- A turma das lanchas, os donos das lanchinhas de pescarias de fim desemana que rapidamente trouxeram seus barquinhos nas suas carretas efizeram tanta diferença. - À equipe da lancha, gente sensacional que parecia que nos conhecíamosde toda uma vida.- Aos soldados do exército do Paraná e do Rio Grande do Sul.- Aos bravos gaúchos, tantas vezes vitimas de nossas brincadeiras quetrouxeram caminhões e caminhões de mantimentos.- Aos cadetes da Academia da Polícia Militar que ainda em formação seportaram com veteranos.- Aos Bombeiros e Policias locais que resgataram, cuidaram , orientaram eauxiliaram de todas as formas, muitas vezes com as suas próprias casasembaixo das águas.- Aos Médicos Voluntários.- Às enfermeiras Voluntárias.- Aos bombeiros do Paraná que trabalharam ombro a ombro com os nossos.- Aos Helicópteros da Aeronáutica e Exercito que fizeram os resgates noslocais de difícil acesso.- Aos incansáveis do SAMU e das ambulâncias em geral, que não tiveramtempo nem pra respirar.- Ao pessoal do Helicóptero da Polícia Militar de São Paulo, que mostrouque longo é o braço da solidariedade.- Ao pessoal das rádios que manteve a população informada e manteve aesperança de quem estava isolado em casa.- Aos estudantes que emprestaram seus físicos para carregar e descarregarcaminhões nos centros de triagem.- Às pessoas que cozinharam para milhares de estranhos.- Ao empresário que não se identificou e entregou mais de mil marmitex nocentro de triagem.- A todos que doaram nem que seja uma peça de roupa.- A todos que serviram nem que seja um copo de água a quem precisou.- A todos que oraram por todos.- Ao Brasil todo, que chorou nossos mortos e nossas perdas.- Aos novos amigos que fiz no centro de triagem, na segunda-feira.- A todos aqueles que me ligaram preocupados com a gente.- A todos aqueles que ainda se preocupam por alguém.- A todos aqueles que fizeram algo, mas eu não soube ou esqueci. Há alguns anos, numa grande enchente na Argentina um anônimo escreveuisto: COMEÇAR DE NOVO Eu tinha medo da escuridãoAté que as noites se fizeram longas e sem luzEu não resistia ao frio facilmenteAté passar a noite molhado numa lajeEu tinha medo dos mortosAté ter que dormir num cemitérioEu tinha rejeição por quem era de Buenos AiresAté que me deram abrigo e alimentoEu tinha aversão a JudeusAté darem remédios aos meus filhosEu adorava exibir a minha nova jaquetaAté dar ela a um garoto com hipotermiaEu escolhia cuidadosamente a minha comidaAté que tive fomeEu desconfiava da pele escuraAté que um braço forte me tirou da águaEu achava que tinha visto muita coisaAté ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruasEu não gostava do cachorro do meu vizinhoAté naquela noite eu o ouvir ganir até se afogarEu não lembrava os idososAté participar dos resgatesEu não sabia cozinharAté ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fomeEu achava que a minha casa era mais importante que as outrasAté ver todas cobertas pelas águasEu tinha orgulho do meu nome e sobrenomeAté a gente se tornar todos seres anônimosEu não ouvia rádioAté ser ela que manteve a minha energiaEu criticava a bagunça dos estudantesAté que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidáriasEu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anosAgora nem tantoEu vivia numa comunidade com uma classe políticaMas agora espero que a correnteza tenha levado emboraEu não lembrava o nome de todos os estadosAgora guardo cada um no coraçãoEu não tinha boa memóriaTalvez por isso eu não lembre de todo mundoMas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todosEu não te conheciaAgora você é meu irmãoTínhamos um rioAgora somos parte deleÉ de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frioGraças a DeusVamos começar de novo. Anônimo É hora de recomeçar, e talvez seja hora de recomeçar não sómaterialmente. Talvez seja uma boa oportunidade de renascer, de sereinventar e de crescer como ser humano.Pelo menos é a minha hora, acredito. Que Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fotos

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18

Fotos

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18
Descupe gente infelizmente nao sei organizar a sim que verao as noticias intercambiada com outra descupe a falta de organizaçao
Veja fotos da enchente no Estado
Lula diz que mudanças climáticassão a causa das enchentes em SC
Presidente assinou MP no valor de R$ 1,6 bilhão para atender os estados atingidos pelas fortes chuvas
Ouça a entrevista com o presidente em SC
Lula sobrevôou Itajaí, mas não conseguiu chegar a Blumenau
Blog: Lula embarca de volta a Brasília
São 78 mil os desabrigados e desalojados
Aumento de preço sem justificativa é crime
Defesa Civil de Itajaí convoca voluntários
Previsão do tempo
Tempo continua instável
A previsão é de muitas nuvens, períodos de sol e chuva fraca na quinta-feira
Instabilidades voltam ao Leste
Estradas
Rodovias importantes continuam interditadas em Santa Catarina
Operários e máquinas trabalham para liberar a pista da BR-101 no Morro Cavalos, em Palhoça (foto)
Veja no mapa as estradas bloqueadas
Comunidades da Grande Florianópolis estão ilhadas
Carretas com doações aguardam liberação de estradas
Justiça
TRE suspende prazos por tempo indeterminado
Serviço
Grupo RBS lança sitepara ajudar catarinenses
Os municípios atingidos
O nível dos rios em Santa Catarina
Grupo RBS lança campanhade arrecadação de donativos
Telefones e endereços para ajudar
O que fazer em caso de enchente
Defesa Civil abre conta para doações
Registro de desaparecidos deve ser feito em delegacias da Polícia Civil
Relatos
Cenário é desolador em Ilhota
A afirmação é do major Francisco Luiz Gonçalves da Silveira, da assessoria militar do Ministério Público, que trabalha há dois dias na cidade. Até a noite desta quarta, o município registrava 29 mortes
Ouça a entrevista com o major Gonçalves da Silveira
Como a chuva afetou a sua região? Conte aqui
O que os leitores registraram no Estado
Assista aos vídeos enviados pelos internautas
Sobreviventes
Muitas pessoas procuram comida no lixo em Itajaí
Com os mercados fechados, muitos estão sem água e comida
Trabalho de resgate continua
Defesa Civil solicita doações
Dudalina tem água potável
Exército leva alimentos e remédios
Polícia
Saqueadores são presos em Itajaí
Pessoas invadiram supermercado fechado por conta da enchente e levaram desde alimentos até TVs de plasma
Defesa Civil alerta para e-mails falsificados
Infográfico
Os deslizamentos em Blumenau
Fenômenos meteorológicos simultâneos e geografia contribuíram para a chuva
Plantão
00h12min Noticiário
Manchetes dos jornais do Grupo RBS
00h02min Futebol
Com 10 em campo, Inter vence Estudiantes na Argentina
23h58min Economia
Fed aprova venda do Merrill Lynch ao Bank of AmericaLeia mais

A impressionante imagem do Estádio do Sesi, na ValeBlog do Castiel

Danos a porto e falta de gás preocupam maisBlog da Estela

Lula admite ampliar prazos para impostosBlog do Roberto Azevedo
Há um provérbio bem antigo que diz que “parir é dor, criar é amor”. Concordo. Não no todo mas em parte. Na parte que diz que criar é amor. Hoje já se pode ter filhos sem dor. E não são menos filhos que os que foram tidos com dor. Se houver amor para lhes dar, não interessa se a mãe sofreu ou não para os ter. E, muito sinceramente, não interessa se quem está a criar foi quem teve a criança. Ou quem “contribuiu” para que ela nascesse. Interessa apenas criar a criança com amor. Já aqui falei nas crianças maltratadas, violentadas, abandonadas. Muitas vezes com o consentimento tácito de quem devia ser responsável por elas e que nada faz.Mas, felizmente, há crianças que são criadas com amor. Crianças que são a razão de viver dos pais. Por quem os pais fazem tudo o que está ao seu alcance para as ver crescer felizes.Criar uma criança não é fazer-lhe todas as vontades. Nem dar-lhe todo o que ela quer. Nem sequer não impor regras. Amar uma criança é saber dizer-lhe que não, é impor regras. Mas também é acarinhá-la sempre que possível, ajudá-la a resolver os seus conflitos (e não resolver por ela), esclarecer todas as dúvidas que ela possa ter…Os bebés, quando nascem e assim que chegam ao colo da mãe começam logo a quer moldar a mãe ao seu desejo. Estou a ser fria? Se calhar. Mas é a verdade. Eles sabem que, se chorarem tem colo, tem comida, tem mimos (que nunca são demais, eu acho). Aos poucos a mãe e o pai tem de perceber o que é manha (e acreditem, um bebé tem muita manha) e o que é uma necessidade real.Aos poucos, e enquanto o bebé cresce e se vai tornando numa criança, começam a ser testados os limites dos pais. E cada criança tem o seu limite de teste. Tenho esse exemplo em casa. Dois filhos. Uma rapariga e um rapaz. Diferentes como água e vinho, como a noite do dia.Quando começam a falar começam a querer contrariar-nos. Mais uma forma de teste. E à força de tanto lhes dizermos que não, é essa a primeira palavra que nos respondem. Não. Do alto da sua sabedoria. Não. Não e Não. A tudo.Enquanto crescem a sua capacidade de nos testar vai também crescendo. Estamos constantemente a ser testados. Mas não só. Os filhos estão sempre a tentar manobrar os pais, a tentar que façamos o que eles querem. E eles sabem bem como consegui-lo. Um sorriso, um abraço, um miminho e lá estão os pais com vontade de ceder. Claro que não podemos ceder sempre. Mas de vez em quando podemos. Não podem ser sempre eles a ceder. Serve-lhes também de incentivo.Até que os filhos sejam adultos vão haver vários conflitos com os pais. Vão haver momentos de grande tensão, em que todos vão querer a impor a sua vontade. Cabe aqui aos pais pensar que também já tivemos a idade deles, também passamos pelo mesmo. Não quer dizer que se deixe andar e que eles façam o que desejam. Acho que temos apenas de escolher as guerras em que vamos entrar. Se entrarmos em todas vamos acabar desgastados e os filhos vão achar que estamos a contrariar apenas porque sim. Dou dois exemplos. O filho só gosta de se vestir de preto. Ok. Qual é o problema? Ele que se vista de preto. Não há nenhum risco associado a isso. A filha falta às aulas, as notas são más e não quer saber da escola. Uma guerra a ser conduzida com termos, mas de modo firme para que se perceba primeiro porque é que está a acontecer e tentar arranjar soluções de modo a que continue a estudar.Quando a minha filha era bebé, comentei com o pediatra que esperava que, quando ela fosse mais velha, eu tivesse menos preocupações. E a resposta dele foi: desde o dia em que a sua filha nasceu que deixou de estar despreocupada. A partir do momento em que se tem filhos andamos sempre preocupados com eles. Com maior ou menor intensidade. Com razão ou sem razão. Mas sempre preocupados. E é verdade. Uma verdade absoluta. Mas sabem? Não trocava esta minha preocupação constante com os meus tesouros pela despreocupação que tinha antes. Nota final - as discussões académicas sobre se os bebés testam ou não os pais deixo-as para quem de direito. Esta é uma opinião minha, resultante da minha experiência enquanto mãe. Respeito, aceito e gosto de conhecer opiniões diferentes porque elas me ajudam a crescer enquanto mãe e enquanto pessoa. Acima de tudo porque não tenho o condão de saber de tudo. O mesmo se passa com o abandono escolar. A minha experiência pessoal diz-me que a culpa não é só dos pais. Nem só dos filhos. Mas também me diz que é uma "guerra" que os pais não devem abandonar. Nunca. Dei este exemplo como poderia ter dado outros. As incursões pelo mundo da droga, a anorexia, a bulimia, roubos, assaltos... são problemas que muitos jovens tem e que não se pode culpar só os pais. Nem só os jovens. Como em quase tudo há culpas partilhadas. Cabe aos pais saber resolver porque não há soluções milagrosas.Esta crónica resulta da minha experiência como mãe. Posso falhar em muita coisa, posso vir a errar e posso já ter errado. Quero e espero fazer o melhor pelos meus filhos. Nada mais que isso. Porque é só isso que eles merecem. O melhor.
A EDUCAÇÃO COMO PARCERIA (crônica)
Criança não ouve os pais. Observa-os. Os filhos sabem, como ninguém, avaliar a coerência ou as contradições entre o que é dito e feito não só pelos pais, mas por todos os adultos com os quais convivem.Quem acha que educa os filhos agredindo verbal e/ou fisicamente se engana. Pode até amansá-los dentro de casa pelo medo, a coação, mas cria pessoas problemáticas para o convívio nas ruas, na escola e nos outros meios sociais. Que se vingam depois, das agressões que sofrem, sabendo que são manifestações da hipocrisia daqueles que não têm argumentos convincentes para para o que exigem mas não vivem. Querem que os filhos sejam, como pessoas, o que eles não sabem ser.Como é, inevitavelmente, uma espécie de extensão das famílias, a escola surte efeitos similares na vida da criança e do adolescente. O professor lhe ensina o que sabe de sua disciplina, mas ensina a reboque o que ele é: Gentil ou agressivo; respeitoso ou debochado;ético ou antiético; longânimo ou precipitado; generoso ou mal; solidário ou egoísta. No mesmo passo, o aluno aprenderá a ser aplicado ou displiscente, a partir de suas observações de quem a princípio, até que se prove o contrário está ali para educá-lo.Muitos educadores sofrem com turmas indisciplinadas, desatentas, mal humoradas e agressivas, exatamente pelo que são, que deteriora o que sabem. Às vezes são excelentes professores mas não conseguem formar cidadãos, pessoas sãs e felizes, mesmo quando formam bons profissionais.A verdade é que um grande número de educadores ainda nem acordou para uma importante mudança de conceito que a realidade ocasionou. O termo professor (aquele que ensina, reproduz conhecimentos fromais e científicos) foi substituído pelo termo educador (aquele que educa; forma cidadãos; é parceiro dos pais; da família). Pena que o conceito mudou, mas postura de todos é a mesma.Parceria é palavra de ordem na educação. Se a família, os educadores e a sociedade se unirem para uma formação global e continuada de nossas crianças e adolescentes, o futuro surpreenderá.
QUERIDOS AMIGOS:

Os relatos de nosso amigos de Sta Catarina são de arrepiar os mais insensíveis.
O Vale do Itajaí praticamente inexiste enquanto cidades.
Blumenau, cidade que conheço e admiro vive hoje um cenário surrealista digno de qualquer filme hollywwodiano sobre o fim dos tempo.

"Já estávamos com um acumulo de chuvas que vinha permanecendo por 15 semanas
e na ultima sexta-feira, sábado e domingo o temporal que aqui desabou,
terminou " DERRETENDO" a cidade, esta palavra DERRETENDO é expressão do
prefeito daqui, a única que ele encontrou para descrever o ocorrido"

"Até mesmo parte do cemitério aqui perto de casa veio parar no meio da rua,
eram inúmeros caixões rolando para todo lado, uma mistura de corpos e
campas, lama, fios, arvores tombadas que o quadro era aterrador
Explosões de gasoduto, de posto de gasolina, o caos foi total"

"Cães foram engolidos pelos bueiros, e buracos, e ate mesmo cavalos se
afogaram
Tivemos tanque de guerra nas rua tentando abrir caminhos, hospitais ficaram
sem acesso, e todas as entradas e saídas da cidade estão ainda bloqueadas
A destruição é tão grande, mas tão grande que só mesmo o tempo para colocar
esta cidade em pé novamente
Eu vi pessoas cobertas de lama, andando pra la e pra cá, feito uns fantoches
sem saber o que fazer e nem para onde ir..."

Partes do relato da nossa amiga Cora, residente em Blumenau.

*****
Isto posto resta-me refletir...

AS ENCHENTES E A SECA
Jorge Linhaça



Vivemos o contraste dos opostos dentro do mesmo país.
No nordeste decreta-se calamidade pública em várias cidades de vários estados por absoluta falta de chuvas.
A terra ressequida não permite plantar, a criação e mesmo pessoas adoecem e morrer por falta d'água.
No Sudeste e no Sul do país a tragédia é justamente o oposto:
o excesso de chuvas causa morte e destruição em vários estados.
Nenhum dos dois fatos é uma novidade, pelo contrário, repetem-se ano após ano com maior ou menor intensidade.
Na hora da tragédia a solidariedade se manifesta de várias maneiras voltando-se para onde a mídia aponta.
Difícil é estabelecer parâmetros sobre o que seja mais necessário , mais urgente, mais importante.
Por um lado as enchente deixam milhares de desabrigados, isolam cidades destroem o patrimônio público e particular.
Quando ela chega deixa um rastro de destruição quase que imediato.Pessoas são arrastadas pela força da água, as
encostas cedem causando mortes e desabrigo.As imagens chocam, principalmente, porque em poucos dias a tragédia
está montada.
Do outro lado a seca:
A tragédia vem lenta, nada da força destrutiva concentrada em alguns dias ou semanas, a agonia do povo parece não ter fim,
a água vai secando nas cisternas, nos açudes, a chuva esperada não vem, a água para beber é racionada aos goles.
O chão seco e o sol escaldante minam as forças, o alimento vai rareando a cada dia, a criação morre e a tragédia se
estende por meses a fio.
O impacto das imagens já não impressiona, sertão é sertão.
Soluções para ambas as crises ?
Entra ano e sai ano e nada, entra década e sai década e nada.Muito se fala e pouco se faz para solucionar realmente
os problemas.
Estive aqui pensando sobre meus irmãos dos outros estados que sofrem com esses problemas.
Enchente eu já encarei na minha São Paulo, nada tão grave quanto o que ocorre em Santa Catarina hoje, mas sei
o que é o desespero das pessoas ao perderem tudo que levaram anos para conseguir em termos de bens materiais,
não que eu mesmo tenha perdido, nesse ponto sempre dei muita sorte, mas já tive a oportunidade de ajudar amigos
a retirarem a lama de suas casas quando a água baixou. O quadro dantesco de móveis empilhados no meio da rua,
cobertos de lama não é para mim simples foto de jornal.
Já a seca nunca presencie de verdade, nunca senti na pele essa lenta agonia à qual o sertanejo está sujeito ano pós ano.
Pensando sobre tudo isso e buscando ser "prático" lembrei-me de que em nosso país se criam tubulações de gás que atravessam
estados inteiros, oleodutos também.
Fiquei aqui imaginando o seguinte...é fato público e notório que todos os anos, com maior ou menor intensidade, o quadro se repete,
alguns estados sofrem com a força das chuvas excessivas e outros com a falta da mesma.
Oras, se pode-se investir em tecnologia para perfurar-se poços de petróleo em profundidades de quilômetros no fundo do mar,
se investe-se em tecnologia para fazer oleodutos e gasodutos capazes de atravessar cidade e estados, por que não se investe em
aquedutos? Não sou engenheiro e é claro que não saberia aqui entrar em detalhes técnicos quanto a isso, mas parece-me que não
é uma idéia tão absurda imaginar que a criação de tais "encanamentos gigantes" poderiam solucionar dois problemas de uma só vez,
a água excedente em determinado lugar seria bombeada para onde ela faz falta.
Sei que pode parecer loucura acreditar que a água da chuva do RS e Santa Catarina pudesse ser enviada dessa maneira para o sertão
nordestino, tudo bem, sejamos "econômicos", regionalizemos os "aquedutos"...Espirito Santo, São Paulo, Minas, Rio de Janeiro sempre
sofrem com as enchente...são mais perto.
Mas e Santa Catarina e o RS?
Bem. a solução continua sendo a mesma, criar condições para bombear o excesso de água para algum lugar, nem que seja para o mar.
Nossa Linhaça, você deve ser louco, se isso fosse viável alguém já teria pensado nisso...!
Provavelmente alguém já pensou, não sou nenhum gênio ou salvador da humanidade, resta saber porque não foi feito.
Posso até imaginar os porquês:
Um gasoduto ou um oleoduto, por mais dispendiosos que sejam, geram lucro, transportam materiais que se transformam em dinheiro.
Os aquedutos que proponho são investimentos a fundo perdido, ou seja, serviriam "apenas para salvar vidas" e isso não dá "lucro" financeiro.
Além disso, só apareceriam na mídia quando fossem inaugurados e quem sabe no primeiro ano em que surtissem efeito.Seriam logo esquecidos.
AH, mais isso implicaria em investimento e trabalho de anos...verdade ? Pode até ser que sim, mas quantas vidas seriam salvas ? Quantos
patrimônios seriam preservados ? Quantas cidades "renasceriam"? Quanto se economizaria em reconstruções?
O único problema que vejo, além da falta de vontade de se investir na vida, é que provavelmente alguém iria querer lucrar com isso.
Vampiros não faltam por este mundo afora, prontos para lucrar com tragédias pessoais.
Já que as mentes privilegiadas deste país não se importam em buscar soluções para estes problemas, ao menos eu me dou o direito de fazer
sugestões.Às vezes as coisas mais simples são as soluções mais eficazes.
E você? Sugere o que?

Devaneios à parte, continuemos a orar pelos nossos irmãos das áreas afetadas pelas enchente e pela seca, que puder, continue a
enviar as suas contribuições para as áreas atingidas, colabore coma defesa civil.

Defesa Civil recebe doações em dinheiro para auxiliar atingidos pela enchente em SC
Interessados podem contribuir com depósitos no Banco do Brasil ou no Besc

A Defesa Civil de Santa Catarina está recebendo doações em dinheiro para ajudar as pessoas atingidas pelas chuvas dos últimos dias no Estado. Nesta segunda-feira, foram abertas duas contas bancárias.Os interessados em contribuir com qualquer quantia podem depositar o valor no Banco do Brasil (BB), agência 3582-3, conta corrente 80.000-7; ou na conta corrente 80.000-0, agência 068-0, do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc). O depósito deve ser creditado ao Fundo Estadual de Defesa Civil-Doações.De acordo com a Defesa Civil, todo o dinheiro arrecadado será utilizado na compra de mantimentos para os atingidos pela enchente.

sábado, 22 de novembro de 2008

Idade difícil para manter ocupada durante quase 2 meses, né? Acho que depende de onde você mora e se você vai ter disponibilidade de sair.
Quando minha filha tinha essa idade ela frequentou aulas de natação durante as férias, eu ia ao shopping (aqueles cercadinhos que você pode deixar durante uma ou duas horas, com brinquedos e monitores geralmente é baratinho - por aqui custa uns 8 a 10 reais) praia... em casa era muito trabalho artístico: fazer animais de rolo de papel higiênico, pintar com tinta (ai que bagunça!!!!), pintar e cortar roupinhas de boneca... e infelizmente a "babá eletrônica": televisão.
Mando um artigo que achei sobre o tema.
beijos e boa sorte!

Filhos - Como manter seus filhos ocupados durante as férias
Manter os filhos ocupados durante as férias não é uma tarefa nada fácil! Os filhos ficam super ansiosos para a chegada das férias para que os pais cumpram todas as promessas de passeios, de brincadeiras, de viagens e de tudo mais que os pais sempre prometem realizar quando chegar as férias. Os pais ficam loucos! Não sabem o que fazer para gastar toda a energia acumulada dos seus filhotinhos! As crianças são incansáveis no período das férias! E a dúvida que sempre aparece é como mantê-los ocupados, alegres e saltitantes durante as férias?
Primeiramente, crie um cronograma de atividades, passeios e tarefas a cada dia das férias para que a criança possa realizar. Não deixe de incluir tarefas que devem ser feitas pela criança em casa (como organizar o seu quarto, etc.), se for uma criança com faixa etária maior. Isso ajuda a criar senso de responsabilidade. Não é necessário sair de casa todos os dias! Você pode inventar brincadeiras lúdicas com seu filho e, até mesmo, incluir seus coleguinhas. Assim, tudo vai ficar ainda mais divertido. Conte com os imprevistos. Se algo acontecer e tiver que cancelar alguma atividade! Não tem problema! Só não esqueça de cumprir depois. As crianças, assim como os adultos, odeiam falsas promessas! E não pense que eles não entendem quando você tenta enganá-las para não fazer determinada coisa. São mais espertas que parecem.
Não centre as atividades das crianças com passeios e alimentação em shopping. Uma atividade saudável para criança não pode estar vinculada apenas aos centros comerciais, comida "fast-food" e consumo. Isso não é nada educativo. Há outras alternativas mais interessantes e saudáveis. Leve-a ao shopping para ver um filme ou alguma coisa bacana que esteja acontecendo nesse local (exposições de coisas para crianças, atividades de recreação, etc), mas não faça das férias um "acampamento" no shopping. Procure desenvolver atividades lúdicas e de recreação com as crianças.

Não deixe que a criança fique durante um longo período divertindo-se com jogos eletrônicos (computadores, videogame, entre outros). A criança precisa se movimentar e agitar. Não pode aprender a ser sedentária desde pequena. Você deve permití-las brincar com isso. E elas adoram! Porém, não deixe que seja apenas isso! E esqueça aquela idéia de deixá-las fazendo isso para lhe dar sossego! Vocês são os pais dela e precisa se envolver mais no cotidiano da criança, especialmente nas férias!
Procure desenvolver jogos de tabuleiro, de recreação e lúdicos (mesmo na sua casa), monte teatrinhos de contação de histórias em que cada um é um personagem, promova saraus de leitura de livros com as crianças, dê livros e as incentive, promova o dia "Gourmet Criança" sob sua supervisão e as incentive fazer alguma refeição, monte competições com os coleguinhas, faça jogo de mímica, faça uma sessão cinema em casa com todos os coleguinha, com direito a pipoca e suco, leve-as em parques. Viaje também e promova um momento de brincadeiras durante a própria viagem. Use sua criatividade e imaginação! Ufa! Até vocês (pais) se sentem cansados com tantas atividades? Essa é a idéia! Divertir, brincar e passar mais tempo com seus filhos! Vocês (pais e filhos) irão expandir toda a energia! E juntos podem perceber como as férias foram muito legais!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Programaçao


LO MEJOR DE WOODY ALLEN EN SAN ISIDRO

Organizado por la Fundación Cinemateca Argentina y la Dirección de Cultura de la Municipalidad de San Isidro continúa durante el mes de noviembre el Ciclo Grandes Directores, que del 12 al 15 de noviembre homenajeará al cineasta estadounidense Woody Allen con una muestra de sus mejores películas. Será en esos días, a las 20.30, con entrada libre y gratuita, en el Teatro del Viejo Concejo, ubicado en 9 de Julio 512, en San Isidro, donde se proyectarán Interiores, Comedia sexual de una noche de verano, La rosa púrpura del Cairo y Otra mujer. Referente del cine, Allen es considerado como uno de los directores más respetados y prolíficos.
A continuación, una reseña de las películas que se exhibirán: Interiores. 1978. Con Diane Keaton y Richard Jordan.Se trata del primer film en el que Allen sólo dirige y no actúa. Trata sobre una familia formada por tres hermanas que viven el doloroso proceso de separación de sus padres. Comedia sexual de una noche de verano. 1982. Con Woody Allen y Mia Farrow.Se juntan tres parejas para pasar un fin de semana en el campo. El ambiente idílico facilita la confusión de sentimientos entre unos y otros. La rosa púrpura del Cairo. 1985. Con Mia Farrow y Jeff Daniels.Cecilia es una mesera a quien le gusta ir al cine. Su esposo es violento y abusivo, siempre preocupado por el dinero. Un día, en el cine, en una función a la que asistía, el personaje interpretado por su actor favorito sale de la pantalla para tener un romance con ella. Otra mujer. 1988. Con Mia Farrow y Gena Rowlands.Durante un verano sabático, Marion comienza a escribir un libro. Sin embargo, al lado de su despacho han empezado unas obras de construcción. Es entonces cuando alquila un pequeño departamento, para tener mayor tranquilidad. Su vecino de al lado es psiquiatra y a través de los conductos de ventilación escucha las sesiones con sus pacientes.
Por mayor información, ingresar al sitio http://www.sanisidro.gov.ar/ o bien comunicarse al 4512-3201
Publicado por MSI PRENSA en 00:12

TANGO EN SAN ISIDRO

Organizado por Dirección de Cultura de la Municipalidad de San Isidro, la cantante Nucha presentará su espectáculo “Nucha y el tango, aquí y ahora” el próximo miércoles 5 de noviembre a las 20.30 en el Teatro Municipal del Viejo Concejo, ubicado en 9 de Julio 512, en San Isidro.
Dos guitarristas y una pareja de baile acompañarán a Nucha, que interpretará clásicos del dos por cuatro.
Para obtener mayor información ingresar a http://www.sanisidro.gov.ar/.
Publicado por MSI PRENSA en 00:11

“ABANICO PORTEÑO” EN SAN ISIDRO

Con organización de la Dirección de Cultura de la Municipalidad de San Isidro y la Agrupación San Isidro Tango, el próximo viernes 7 de noviembre, a las 22, se presentará el espectáculo “Abanico Porteño” en el Teatro del Viejo Concejo, ubicado en 9 de Julio 512.
Bajo la dirección de Rodolfo Montillo, que también ejecuta el bandoneón, actúan en el show: Calixto Rinaldi, Edith Denel, Héctor Macari, Graciela Casado y María Lopérfido.
La animación y el guión están a cargo de Roberto Leoneti, mientras que Nancy y Marcelo son los bailarines y Germán Meira ejecuta la guitarrista. La entrada es un bono contribución de $15.
Publicado por MSI PRENSA en 00:10

PUERTAS ABIERTAS: RECORRIDO POR 24 TALLERES DE ARTISTAS DEL BAJO DE SAN ISIDRO

El deseo de todo artista es mostrar su obra, que si bien aparenta abstraerse y ser una pieza aislada, se enraiza en la vida de su creador y el entorno en donde vive. Puertas Abiertas invita a descubrir y a conocer esta fusión entre la obra y el artista, sus lugares de trabajo, las palabras y los orígenes del arte en un barrio de singulares características: el Bajo de San Isidro.
La segunda edición de Puertas Abiertas contará con la participación de 25 talleres de artistas del Bajo de San Isidro y se realizará los días 22, 23, 29 y 30 de noviembre. Durante dos fines de semana los talleres estarán abiertos al público de 14 a 20; allí se podrá conocer la obra de los artistas en su lugar de producción y se podrá disfrutar de distintas actividades que ellos mismos proponen: retratos en arcilla, murales colectivos, talleres de máscaras y antifaces en papel, actividades para niños y mucho más.
La inauguración formal de esta nueva edición se llevará a cabo el sábado 22, a las 21 en el Centro Municipal de Exposiciones, con la participación de los artistas y de músicos invitados en una performance. Además, ese espacio será, durante los cuatro días, el punto de partida del recorrido y el lugar privilegiado de exhibición de obras representativas de cada atelier a modo de orientación sobre el tipo de taller que se preferirá visitar.
Esas mismas obras participarán del Mercado de obras y de la Subasta del sábado 29, que se realizará a las 20.30 en el lugar. Está previsto también que el Centro Cultural La Ribera ofrezca un ciclo de música en vivo –también de 14 a 20- con grupos y solistas invitados y, por las noches, un ciclo de performances, conciertos y proyecciones.
Talleres de Puertas Abiertas – 2º edición
Andrea Griffin - Acaarte 33 – Pintura – Escultura Rodolfo Busch y Marcela Alá-Rué – Cerámica – Escultura – Pintura Candela Casado y Mercedes Castro – Pintura – CollageSebastián Boado Montero – Pintura – Escultura Ma. Angélica Pascual y Hebe Riba – Pintura Mariana Azcoaga y Jimena Annan – Libros de artista Guadalupe Aleman y Lucila Fliess – Pintura – Grabado Luciana Nasrala – PinturaPedro Aparicio, Beatriz Salas, Verónica Fernández NeuMarkt – Pintura – Dibujo – Sillas intervenidas – Esculturas con recicladoCarlos Tabaschek – Restauración – Diseño María Pía Suárez Caviglia – PinturaFernán Rodríguez Cetran – Pintura – Escultura Club Austria: Hernán Broggia-FotografíaClaudio Curutchet – Pintura Ana Yanguela La cirugía – Pintura – Antigüedades Germán Cunese – Escultura – Cerámica Teresa Fernández Moujan y Fernando La Casa - Pintura y ambientaciónKaladanda – Muestra Grupal Carolina Picasso Cason – Pintura – Escultura Andrea de Luigi – Pintura – Escultura Galpón Chic –Objetos de Arte
Flavia Hogg – Joyería –Telar Neumática – Carteras de Llantas
*Actividades
Guadalupe Aleman y Lucila FliessEspaña 839 Mural colectivo. Invitamos a visitar y a seguir pintando el mural que comenzó en Puertas Abiertas 2007 y continúa...Taller de máscaras y antifaces en papel. Diseñá tu propia mascara y llévala puesta para el cierre de Puertas Abiertas 2008. Luciana NasralaLos sauces 1023¡Todos a pintar! – sábados 23 y 29 de 16 a 18Taller abierto de modelado en arcilla – domingos 29 y 30 de 16 a 18 Centro Cultural La RiberaRoque Sáenz Peña 1048Muestra de arte infantil
Taller para chicos y grandes
Ciclo musical: músicos y bandas de la zona – los cuatro días de 14 a 22.
Ediciones PeriferiaPrimera Junta 1039Libro Gigante – para escribir y dibujarCostura japonesa – domingo 23 a las 17Papel en engrudo – sábado 29 a las 17 Acaarte 3333 orientales 1045Percepción de espacios – carpas con el mural Puertas Abiertas 2007Pintura para niños Sebastián Boado MonteroPrimera Junta 1043Instalación Fondo del Mar – La importancia de detenerse / Work in progress. David Klauser, Tempe Hernández y Sebastián Boado Montero María Pía Suárez CavigliaLas gaviotas 1161Artistas invitadas: Mirta González, grabado – pintura / Marcela Millán, escultura – retratos en arcilla Taller para chicos de 16 a 18 – 22, 23, 29 y 30 de noviembreCama elástica grande para el uso del público visitante Valentina Kohan – Acrobacia Aérea – Circo integral – Música Gaboto
*Otras actividades
Sábado 22, a las 21 Centro Municipal de Exposiciones – Del Barco Centenera y el ríoApertura: Performance de Artistas.Juan Martín con Buoro
Domingo 23, a las 21 Centro Cultural La Ribera - Roque Sáenz Peña 1048
Nico Posse y La Random OrchestraTango con Lucía Villagra
Coro con participación del público Sábado 29, a las 20,30
Centro Municipal de Exposiciones – Del Barco Centenera y el río
Mercado de Obras + SubastaShowCamino de velas Centro Cultural La Ribera – Roque Sáenz Peña 1048
Música en vivo Domingo 30, a las 20,30Centro Cultural La Ribera – Roque Sáenz Peña 1048 Nico Posse y la Random Orchestra
Música y Proyecciones de Puertas Abiertas 2008Ceremonia de entrega de premio al mejor atelier
La comunidad de Martínez se apresta a celebrar el 27º aniversario de esa ciudad sanisidrense. Lo hará con un vasto programa de actividades. La ceremonia central será el domingo 16 de Noviembre, a las 18:00, con la presencia del intendente de San Isidro, doctor Gustavo Posse, en la plaza 9 de Julio, ubicada en Monseñor Larumbe y Necochea.

Las actividades comenzaron el sábado 1º, a las 10:00, con un concurso de manchas en la Plaza 9 de Julio [Monseñor Larumbe y Necochea], organizado por el Club de Leones de Martínez.

En tanto, entre las 17:00 y las 18:00 se realizó el “Encuentro Coral de los Centros de Jubilados de Martínez” y “Exposición de Telar” en la misma plaza 9 de Julio, organizados por el Centro Activo de la Tercera Edad y Centro “Aquí Amanece”.

Luego, a las 21:00, en el Club “Estrella” de Vélez Sarsfield 2647, tuvo lugar la “Tradicional Fideada XXVII Aniversario del Grupo Scout “San Francisco Javier”, organizado por esa institución.

El sábado 8 , nuevamente en la plaza 9 de Julio, se iniciará a las 9:00 un Torneo de Ajedrez, organizado por la Dirección General de Cultura de la Municipalidad de San Isidro y el Club de Leones de Martínez. Por la tarde, a las 18:00, la Asociación Cooperadora de la Escuela N° 9 [Córdoba 763], junto con grupos de scouts realizarán una fiesta familiar.

Para el domingo 9, a partir de las 10:00, en la misma plaza, la Rueda Interna del Rotary Club de Martínez realizará una Feria del Baúl, la que, en caso de lluvia se realizará el domingo 23.

A las 17:00, los festejos continuarán en el paseo público con la actuación de la Escuela de Danzas Españolas y del conjunto de gaitas del Centro Galicia de Buenos Aires.

El sábado 15, en el mismo lugar y de 10:00 a 22:00 se desarrollará la tradicional Feria de las Colectividades, la que, en caso de lluvia, pasará al sábado 29. Simultáneamente, en el Campo Municipal de Deportes N°4 [Córdoba 2045], se desarrollará una jornada deportiva con partidos de Fútbol, Voley Hockey y Natación Recreativa, programa preparado por la Subsecretaría de Deportes de la Comuna.

Luego, entre las 17:00 y las 19:30, se realizará en la misma plaza el festival musical “El país en San Isidro”, organizado por la Asociación Amigos Plaza 9 de Julio y la Sociedad de Fomento Villa Primavera.

En tanto, el domingo 16, continuará la Feria de las Colectividades y a las 18:00 se desarrollará el acto oficial en la que está prevista la palabra del intendente de San Isidro, Dr. Gustavo Posse.

Al día siguiente, en el Club BANADE [Hipólito Irigoyen 1290], habrá a las 18:00 una Gala de Gimnasia Infantil.

La celebración continuará el jueves 20, con el “Gran Premio XXVII Aniversario Ciudad de Martínez”, reunión hípica que se realizará en el Hipódromo de San Isidro [Av. Bernabé Márquez entre Av. Santa Fe y Av. Sir Alexander Fleming].

Se encuentra pendiente la cena aniversario de la ciudad de Martínez, que tradicionalmente ofrece la Cámara de Comercio y Servicios de Martínez, por lo que la programación continuará el sábado 22 en la plaza 9 de Julio.

A las 18:00 habrá un espectáculo denominado “Para mí con salsa”, continuando a las 20:00 con un Festival de Tango , este último organizado por el Centro Cultural del Tango Zona Norte. A las 21:00, en la Unión Vecinal Amigos de Martínez [Juncal 2740], organizado por esa institución habrá un Festival de Box.

El domingo 23, de 10:00 a 20:00, en el Salón Tattersal del Hipódromo de San Isidro, con entrada libre y gratuita se desarrollará una nueva edición de Expocultura 2008, evento organizado por la Dirección General de Cultura de la Municipalidad de San Isidro. El ingreso peatonal debe realizarse por la entrada de Av. Bernabé Márquez y Tellier y con vehículo por Av. Bernabé Márquez y Av. Fleming.

Ese mismo día, de 10:00 a 13:00 en Avda. de la Unidad Nacional, entre Av. Fleming y Pringles, se realizará una Exposición de Autos Antiguos y Concurso de Manchas para niños de 6 a 12 años.

Finalmente, el domingo 30, de 11:00 a 12:00 tendrá lugar una Jornada Aeróbica de Gimnasia Recreativa Familiar, en el Paseo de la Unidad Nacional y Avda. Santa Fe, organizada por la Subsecretaría de Deportes de la comuna.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Criança também tem

El daño que causa el estrés extremo en los niños


Niveles altos de estrés en los niños pueden causar daños en el área cerebral relacionada con la memoria y las emociones. Científicos de la Universidad de Stanford, Estados Unidos, descubrieron que esa zona, el hipocampo, se había encogido en niños con Trastorno de Estrés Postraumático. El estrés postraumático es un trastorno que se origina tras haber sufrido u observado un acontecimiento altamente traumático, como un atentado, accidente o violencia, en el que el niño se haya sentido en peligro o haya temido por otras personas. El estudio, que publicó la revista “Pediatrics”, asegura que un hipocampo debilitado podría limitar la capacidad del niño para enfrentar el estrés y aumentar la ansiedad. También encontró en la sangre de los niños niveles más altos de la hormona del estrés, llamada cortisol. Estudios anteriores realizados en animales han demostrado que esta hormona destruye las células del hipocampo. Los científicos dicen que puede crear un círculo vicioso en el que altos niveles de cortisona causan más daños en el hipocampo, lo que a su vez eleva la ansiedad. Creen también que el daño frecuente al hipocampo podría prolongar los síntomas del estrés e interferir con la terapia de los niños. Los científicos subrayan que no están hablando del estrés relacionado con las tareas escolares o con las peleas familiares normales. "Para provocar ese daño cerebral el estrés debe ser extremo", explican.Los niños estudiados por los investigadores sufrían este trastorno como resultado de abuso físico, emocional o sexual, o porque habían sido testigos de violencia o experimentado una separación o pérdida importante. Los expertos afirman que es fundamental entender por qué algunos niños parecen ser más fuertes frente al estrés que otros, así como cuáles son los efectos a largo plazo del estrés extremo. Se sabe que los genes y el medio ambiente de una persona juegan un papel importante en su desarrollo y actitud ante la vida. Y también se conoce que haber sufrido estrés postraumático siendo niño aumenta los riesgos de depresión y ansiedad durante la adultez.Calculan que una de cada 10 personas podría desarrollar trastorno de estrés postraumático en algún momento de su vida. Los científicos planean llevar a cabo más investigaciones para desarrollar terapias más efectivas e individualizadas para ayudar a los niños que sufren este trastorno, con el objetivo de poder darles un futuro mejor.

domingo, 26 de outubro de 2008

ANÁLISE DE UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO DESENVOLVIMENTO MOTOR ESCOLAR EM UM GRUPO DE CRIANÇAS QUE APRESENTAM CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DE DÉFIC

ANÁLISE DE UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO DESENVOLVIMENTO MOTOR ESCOLAR EM UM GRUPO DE CRIANÇAS QUE APRESENTAM CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DE DÉFICIT DE ATENÇÃO
Elaine RomeroProfessora do Mestrado de Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco
Janaina AguiarAluna de Iniciação Científica da Universidade Federal do Espírito Santo
RESUMO. O propósito desta investigação foi analisar uma intervenção pedagógica durante as aulas de educação física escolar, no desenvolvimento motor e escolar em um grupo de crianças de 1a e de 2a série que apresentam características de Déficit de Atenção. O estudo foi quanti-qualitativo, com participação e intervenção direta no grupo de crianças. Os sujeitos foram aproximadamente vinte e seis escolares, de ambos os sexos com idade compreendida entre sete e nove anos, cursando o Bloco Único de baixa renda familiar, em escola pública do município da Serra/ES. Os instrumentos empregados na coleta de dados foram; 1) roteiro de anamnese psicológico, 2) teste HTP, 3) teste de Bender e 4) teste para avaliar a definição da lateralidade, 5) teste de atenção concentrada, 6) teste de atenção distribuída e 7) ditado. Os testes psicológicos foram aplicados por uma especialista da área e o teste de lateralidade e o roteiro de anamnese ficou a cargo das pesquisadoras. Os resultados revelaram que de um modo geral, crianças com pouca capacidade de atenção e de concentração podem apresentar dentre outros, problemas quanto a definição da lateralidade. Os dados levantados permitiram concluir ainda que distúrbios na capacidade de atenção, falta de definição da lateralidade, aliados a problemas de ordem social e econômica comprometem consideravelmente o desempenho e/ou rendimento escolar. Quanto à intervenção pedagógica, o momento das aulas de educação física pode ser de grande auxílio para as crianças. A prática de atividades físicas que favoreçam o desenvolvimento da lateralidade, atenção entre outras, podem promover a obtenção de resultados positivos, principalmente no que se refere ao processo ensino-aprendizagem motor e escolar.
Palavras-chaves:
Educação Física Escolar
Desenvolvimento motor
Déficit de atenção
ABSTRACT: The target of this investigation is to analyse a pedagogic intertwine during the physical education classes at school, observing the motor and school development of a children group of the first and second levels that showed lack of attention characteristics. The study was both qualitative and quantitative, with the direct participation and interrelation of the children group. We worked with 26 subjects, male and female, with the range age from seven to nine years old, attending classes at "Bloco Único" formed by low familiar income, at a government school in the city of Serra/ES. The instruments used in the data collection were: 1)routine of psychological anamnesis; 2) HTP test; 3) Bender test; 4) assessment test to evaluate the laterally definition; 5) Concentrated attention test; 6) Distributed attention test; and 7) dictation. The psychological tests were placed by an specialist in the area and the laterality test and the anamnesis routine were placed by the researchers. The results shown that in general, children with very few attention capacity and concentration may present, among others, problems of laterally. The data obtained let us conclude that some disorders in the attention skill, lack of laterally definition, together with social and economic problems considerably affect the development and or improvements at school. About the pedagogic intertwine, the period of the physical education classes may be of an increase help for the children. The practice of physical activities to help the latterly, and attention development among others activities may promote positive results, principally in what is related to the process of learning and teaching motor and school activities.
Keywords:
Physical education at school
Motor development
Lack of attention
1 - INTRODUÇÃO
Sabe-se que o sistema educacional do País há muito vem se caracterizando por algo fracassado e falido. O número de reprovações e de alunos evadidos apresentam índices ainda muito alarmantes e preocupantes conforme denúncia PARAÍBA (apud MAGALHÃES, 1983, p. 22) que "de cada 1000 crianças que iniciam a 1ª série, apenas 438 chegam à segunda, 352 à terceira, 297 à quarta, e apenas 294 à quinta ". A autora, a partir desses dados afirma: " Poder-se ia estimar que dessas 1000 crianças inicias, apenas 180 chegariam a concluir o primeiro grau". O ponto do sistema é a passagem de primeira para a segunda série, onde as taxas de evasão e de repetência no Brasil chegam a 56% (taxa essa que permanece estável a mais de 40 anos)". Cabe ressaltar no entanto, que ações e providências têm sido tomadas por parte de vários pedagogos, professores e psicólogos a fim de modificar esse quadro atual da educação. A implementação do Bloco Único é um bom exemplo de proposta que vem sendo aplicada nas escolas da rede municipal de Vitória/ES, com intuito de reduzir o número de reprovações assim como também o número de crianças que por vários motivos se encontram fora da escola. Não se sabe se estas iniciativas têm surtido efeitos positivos pois, com base na experiência vivenciada pela autora bolsista em uma das escolas da rede oficial da Prefeitura Municipal da Serra/ES, a impressão que se tem é que com estas novas propostas, tem se garantido e cobrado o mínimo em nível de aprendizagem Em se tratando desse tema, NOVAES (1970, p. 123) faz uma distinção entre capacidade de aprendizagem, rendimento escolar e nível de escolaridade. Segundo a autora "a capacidade de aprendizagem é a potencialidade de aprender ligada ao nível intelectual do indivíduo mas nem sempre correlacionados, uma vez que pode estar prejudicado por outros fatores. O nível de escolaridade relaciona-se com as aquisições escolares efetuadas pela criança e o rendimento escolar diz respeito à quantidade conseguida pelo aluno ao realizar sua atividades e tarefas escolares estando relacionado ao gasto de energia despendida. Para a mesma autora (op. cit., p. 122), entre as dificuldades para a aprendizagem destacam-se: 1) fraca capacidade de atenção, concentração, assimilação e compreensão; 2) raciocínio lento; 3)dificuldades de memória, de raciocínio numérico, de linguagem oral e escrita; 4) falta de continuidade e persistência na aprendizagem escolar, de hábitos de estudo e de interesse pelo estudo. Muitas vezes, tarefas como aprender a ler e escrever exigem da criança um trabalho intenso. O não desenvolvimento harmônico de aspectos psicomotores, como por exemplo dificuldades em relação a lateralidade, podem também tornar o aprendizado das tarefas acima citadas (dentre outros), ainda mais complicadas. Em certos casos, a indefinição da lateralidade parece ser a causa de desequilíbrios e perturbações, podendo haver dificuldades especialmente na aprendizagem da leitura. Dentre os problemas detectados nas crianças com dificuldades na lateralidade encontra-se a dislexia, distúrbio caracterizado pela dificuldade de identificar, compreender e interpretar símbolos gráficos da leitura. E retomando NOVAES (op. cit., p. 234), esta assegura que: "de modo geral os disléxicos apresentam déficits no domínio da percepção da motricidade, da organização têmporo-espacial, do esquema corporal, na dominância lateral, podendo ser acrescentados distúrbios da atenção, da memória (...)". Diante dos vários tipos de dificuldades que estas crianças apresentam, àquelas relacionadas anteriormente, aliadas à problemas detectados em sala de aula e relatados pelas professoras, obrigaram-nos a uma incursão pela literatura a fim de buscar um suporte teórico que pudesse melhor caracterizar o quadro de comportamento descrito. Alunos "sem sossego", comportamento esse que pode ser enquadrado, de acordo com a literatura, como crianças com Déficit de Atenção". E neste particular GOLFETO (1993, p. 25-6). manifesta-se asseverando que (...) As crianças com Déficit de Atenção apresentam um conjunto de sintomas e sinais que podem facilmente ser observados. Elas chamam atenção facilmente o que difere de outros tipos de patologia neurótica que muitas vezes só pode ser detectado por especialistas. De acordo com KELLY & AYLWARD (1992., p. 485-6), a desatenção (aspecto clínico central); a impulsividade; a agitação motora e hiperatividade (em um subgrupo de crianças), são características bastante comuns para possibilitar a descrição de Déficits de Atenção. E afirmam os autores que "os aspectos importante que freqüentemente são despercebidos incluem a inconsistência e a dificuldade de manter um esforço mental". E prosseguindo na exposição, os mesmos são acordes de que as crianças com Déficit de Atenção começam muitas vezes as tarefas apropriadamente, porém logo sentem fadiga cognitiva e esmorecem. A ‘’inconsistência do desempenho" resulta em que essas crianças experimentem dias ocasionais de funcionamento acentuadamente melhorado (KELLY & AYLWARD, op. cit., p. 486). GOLFETO, (op. cit., p. 06) completa dizendo que nos últimos anos o termo diagnóstico "Transtorno de Déficit de Atenção usado para essas síndromes, sugere a inclusão de crianças ansiosas, preocupadas, sonhadoras, apáticas, cujos problemas são provavelmente diferentes". A hiperatividade é queixa freqüente dos pais, que reclamam que o filho "não tem sossego", não se mantêm sentado durante as refeições, é incapaz de sentar para ver televisão durante algum tempo e faz movimentos desnecessários com o corpo. Por outro lado a professora relata que a criança não fica parada e que perturba o comportamento da classe. A criança hiperativa é assim descrita como desajeitada, desastrada, sua marcha é pouco harmoniosa e seus gestos são bruscos. Apresenta dificuldade para arremessar ou golpear bola, aprender a patinar, andar de bicicleta, pular corda, subir em muros e árvores. A incoordenação motora fina é outra característica marcante: pode ser incapaz de abotoar suas vestes, de fazer recorte com tesoura, cantar com ritmo e gasta mais rapidamente suas roupas e sapatos que as crianças normais. "Nessa síndrome a criança apresenta dificuldade em discriminar a direita da esquerda, em orientar-se no espaço, em fazer discriminações auditivas e em elaborar sínteses auditivas. Apresenta alterações de memória visual e auditiva. A outra característica importante é a má estruturação do esquema corporal." (GOLFETO, 1992, p. 12) Apesar de muitas dessas crianças apresentarem uma inteligência normal, muitas delas tem dificuldades de aprendizagem. SILVER (apud GOLFETO op. cit., p. 12), relata que 85% dessas crianças apresentam distúrbios de aprendizagem. Apesar de não se ter um conhecimento muito claro sobre sua origem/causas, alguns estudos têm demonstrado que o cérebro das crianças caracterizadas como portadoras do Déficits de Atenção apresentam variações na estrutura e alterações no fluxo sangüíneo e no metabolismo regional quando comparados a indivíduos normais. Essas diferenças no sistema neural acarretariam determinadas disfunções. Não se sabe ainda a causa e até que ponto as características oriundas desta diferenciação são exclusivas das crianças com características do Déficits de Atenção. No entanto, cabe ressaltar que de acordo com KELLY & AYLWARD (op. cit., p. 487), algumas condições tais como: complicações perinatais; ingestão de álcool e utilização de drogas durante a gravidez; infecções do sistema nervoso central na primeira infância; efeitos nocivos dos níveis sangüíneos relativamente baixos de toxinas ambientais como o chumbo e os efeitos colaterais de certas mediações, predispõem a Déficits de Atenção. Ainda são apontadas causas ambientais como: desvantagem social, famílias numerosas e superlotação. Sabe-se que esses fatores sociais têm ampla influência etiológica sobre o comportamento e que podem afetar enormemente as características comportamentais da criança. Além disso GOLFETO acrescenta ainda que o Déficit de Atenção tem origem genética, sendo facilmente transmitido de pai para filho. (...) há evidências de que a síndrome tenha várias etiologias distintas formando, assim, vários subgrupos, ou ainda, que a interação desses fatores etiológicos possam ocorrer e produzir a síndrome (GOLFETO, op. cit., p. 8). Em edição recente da revista VEJA ( 1996, p. 18) constou a seguinte nota: "a chance de uma criança sofrer de hiperatividade e Défict de Atenção aumenta se a mãe fumar na gravidez. Médicos da Universidade de Harvard notaram que 22% dos pacientes estudados eram filhos de fumantes. Entre a população sadia, 8%. Não há até o presente momento, enquanto se pode averiguar na literatura, testes específicos para avaliar Déficits de Atenção, em que pese o avanço científico, a medicina ainda não tem dados que sejam capazes de fornecer explicações para muitas das incógnitas que envolvem o cérebro humano. Contudo testes como Visc, Toulouse Cambraia e MPM (medida de prontidão mental) dentre outros podem ser utilizados para aferir a atenção. Enquanto se sabe são escassos os trabalhos em Educação Física que buscam centrar seu foco no Déficit de Atenção, dado que este assunto tem sido objeto de estudo de psicólogos clínicos e escolares bem como de pedagogos. A possibilidade de se obter dados e socializá-los, representam uma perspectiva de avanço no conhecimento para a área da Educação Física. A partir dessas colocações iniciais sentido este estudo teve por objetivo diagnosticar através de instrumentos específicos o perfil psicológico dos sujeitos da pesquisa, averiguar a lateralidade do grupo e mediante resultados fazer uma intervenção pedagógica no desenvolvimento motor e escolar em um grupo de crianças que apresentavam características comportamentais de Déficit de Atenção. As questões que nortearam a pesquisa ficaram circunscritas aos questionamentos de se averiguar 1) a relação entre Déficit de Atenção e rendimento e/ou desempenho escolar; 2) o perfil psicológico dos sujeitos da pesquisa; 3) a relação entre definição de lateralidade e rendimento e/ou desempenho escolar.
Definição das Variáveis.
Rendimento Escolar - resultado de todo o trabalho escolar desenvolvido durante um determinado período de tempo.
Desempenho Escolar - eficiência e/ou competência para executar um trabalho, atividade, etc.
Lateralidade - predomínio motor de um lado do corpo sobre o outro, externalizado pela preferência lateral de um lado do corpo sobre outro.
2. METODOLOGIA
Esta investigação foi de natureza quanti-qualitativa; quantitativa porque se fizeram necessários dados numéricos, que ajudam a melhor descrever o perfil psicomotor dos sujeitos. Foi qualitativa porque esteve orientada para a solução de problemas sociais e nesse entendimento se caracteriza como uma pesquisa participante, visto que desde o início, envolve no processo de pesquisa os membros da comunidade com intervenção do pesquisadoras no grupo de estudo. Os sujeitos do estudo foram aproximadamente vinte e seis escolares, de ambos os sexos, com idade compreendida entre sete e nove anos. Todos cursando (a 1a ou 2a série) do Bloco Único e escolhidas intencionalmente. O critério desta escolha foi o baixo rendimento escolar apontado pelas professoras (professora de classe e professora de Educação Física). O estudo foi desenvolvido em uma escola de 1º grau localizada no município da Serra/ES, que atende a uma clientela de baixa renda familiar.
Os Instrumentos utilizados nesta pesquisa foram:
roteiro de anamnese psicológico, com o propósito de fazer uma avaliação da história de vida dos sujeitos do estudo;
teste HTP, teste com o objetivo de diagnosticar o perfil psicológico dos sujeitos da pesquisa. Através deste teste foi possível avaliar características como por exemplo, inteligência, fase de desenvolvimento, relacionamento interpessoal e com o meio, onde vive;
teste de Bender, teste clinico psicológico, através do qual se estudou a percepção de formas e sua reprodução. Teve como finalidade auxiliar na avaliação da personalidade das crianças envolvidas no estudo;
teste de Lateralidade, teste que objetivou avaliar a definição da lateralidade dos sujeitos;
diário de campo, este instrumento se efetivou durante o processo ensino-aprendizagem, por meio de observação, análise e registro dos dados coletados. Possibilitou um acompanhamento do desenvolvimento global dos sujeitos em três aspectos: cognitivo, psicomotor e sócio-emocional;
Teste de Cambraia (atenção concentrada), instrumento utilizado para medir a atenção concentrada;
Teste de atenção distribuída, teste empregado para medir a atenção distribuída;
Ditado de palavras, com intuito de averiguar déficits de aprendizagem.
Para o procedimento de coleta de dados foram necessários dois momentos; o primeiro, no qual participou uma profissional da área de psicologia, aplicando os testes específicos, que foram feitos na própria escola, em uma sala com condições propícias para a realização dos mesmos. No segundo, uma intervenção direta com atuação junto aos alunos na escola supra mencionada. Os dados foram coletados durante as aulas de Educação Física.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Com o intuito de melhor esclarecer os dados que seguem alertamos para o fato de que o número de sujeitos nem sempre coincidirá para todos os testes. Isto se deve à aplicação dos testes aos alunos apontados como problemáticos, embora toda turma tenha tido a intervenção pedagógica.
3.1. Apresentação dos dados (apresentaremos apenas alguns dos sujeitos a fim de otimizar o espaço no periódico)
NOME DO
SUJEITO
DATA DE
NASCIMENTO
ESCOLA-RIDADE
WALLACE
(sujeito13-)
14/10/84
11 anos
2a Série
Filho de pais Lavradores, os quais dizem não ter sido sua concepção planejada, sendo que seu parto desenvolveu-se de forma natural. Esta criança revela-se inibido, com comportamento retraído, isto é, ajustou-se sujeitando-se à inspeção adulta e reprimiu a aceitação de seu impulso e de sua responsividade emocional. Exprime dificuldade de aprender novas estruturas imaginativas, com inteligência abaixo da média de seu grupo de convívio. Apresenta pobreza de impulsos em sua personalidade, sendo a mesma constrita, com canais de expressão inadequados. Denota atitude defensiva ao manter contato com o outro, com afeto embotado, o que impede o estabelecimento de relações emocionais significativas. Exibe certo desvio do controle visomotor, instabilidade psíquica e ambivalência de comportamento, bem como certo primitivismo sexual, com escasso controle de seus impulsos. Sua agressividade é aparente, principalmente a verbal, contudo a mesma é mantida sob controle.
NOME DO
SUJEITO
DATA DE
NASCIMENTO
ESCOLA-RIDADE
CLEIZIANE
(sujeito 3)
29/01/88- 8anos
2a Série
Criança filha de pai Funcionário Público e mãe Doméstica. Os mesmos relatam que sua concepção foi indesejada, contudo aceita posteriormente, tendo nascido de parto natural. Afirma-se que a criança alimenta-se bem e que atravessou até então as etapas do desenvolvimento de forma adequada. Não houve repetência em seu currículo escolar. Quando avaliado demonstrou sentimentos de inadequação ao ambiente, de isolamento e inacessibilidade, o que revela uma atitude de inibição, passividade e fuga frente ao meio. Infere-se daí que perceba a boa relação familiar como inatingível, pois provavelmente nunca teve ou não manteve um contato sadio, satisfatório com um adulto significativo para ela. Dessa forma, reserva-se e constringe seus canais de expressão de necessidades por medo ou excessivo atrito nas relações interpessoais. Contudo ajustou-se ao meio ambiente, sujeitando-se a inspeção adulta e reprimindo a aceitação de seus impulsos e de sua responsividade emocional, demonstrando uma sensibilidade defensiva, racionalidade, mas também excessiva fantasia. A menina tende a fiscalizar a impulsividade presente, sendo capaz de manejar a ansiedade, para que a mesma não fuja de seu controle. Revela imaturidade emocional e psicossexual, que atinge a esfera intelectual, sendo lenta sua capacidade de compreensão e irregular seu desenvolvimento perceptual, o que dificulta o aprendizado. Possui energia vital para atuar, originalidade, organicidade e sã vivacidade, podendo-se afirmar melhor utilização de recursos manuais que intelectuais.
3.2. O RELATO CONCLUSIVO DA A RESPEITO DO GRUPO ESTUDADO
Os resultados dos sujeitos supra citados, juntamente com os dos demais, permitiu à equipe de psicólogos apresentar os dados sobre a escola e sobre os sujeitos estudados. E inferiu-se que a escola tem como principais características, o espaço físico (salas de aula e área de lazer) e carteiras, bem como material didático inadequados e insuficientes, percebendo-se uma quantidade de alunos por sala exagerado e um despreparo das professoras tratando-se esta de uma entidade pública financiada pela Prefeitura Municipal de Serra/ES. São alunos cujas famílias pertencem a classe pobre, residentes em bairros também precários. A gestação de tais crianças foi geralmente indesejada, sem planejamento prévio, com tratamento pré-natal deficiente, têm mais de três irmãos e não recebem orientação adequada da família e da escola a respeito de sexualidade, por exemplo. Nestas famílias verificou-se alta incidência de alcoólatras, deficientes mentais, jogadores e portadores de problemas nervosos. A partir deste contexto social pudemos inferir que, em sua maioria, são crianças inadaptadas socialmente, com predomínio de insegurança, impulsividade e imaturidade psicossexual. Algumas apresentam sentimentos de expansão, agressividade despejada no meio, inquietude e escasso controle dos impulsos, em contrapartida outras são inibidas, reprimidas na expressão de seus sentimentos, depressivas e muitas vezes voltadas para o concretismo e materialismo, o que revela também sua forma de inadaptação que reflete muitas vezes conflitos familiares, falta de apoio e alto nível de pressão social. Demonstram uma carência de afeto e atenção, o que provavelmente justifica uma dificuldade de apreensão de fatos novos e conseqüentemente, distúrbios de aprendizagem e atenção, corroborando sua falta de interesse pelos assuntos escolares. Na segunda fase deste estudo acreditou-se ser mais proveitoso a utilização de testes de atenção concentrada, atenção distribuída e um ditado com objetivo de aferir habilidades específicas, visto que, devido a falta de tempo (Greves Estaduais) e a certeza de que pouco progresso estrutural poderia ser notado após a 1ª avaliação (aplicação do HTP e do Bender). Nossa expectativa é poder concluir como estão nossas crianças, nestes aspectos específicos e saber se houve alguma alteração na sua forma de percepção. Estes testes, cuja função primordial é a obtenção do grau de atenção do avaliando, nos auxilia na conclusão sobre a dificuldade destas crianças de lidarem com atenção.
3.3. APRESENTAÇÃO DOS DADOS REFERENTES AO TESTE DE ATENÇÃO CONCENTRADA
Este instrumento quando foi criado, teve como objetivo medir a aptidão que se convencionou a chamar "AC" Atenção Concentrada. Na experimentação, tal teste foi aplicado em 820 indivíduos distribuídos em quatro categorias de escolaridade:
Categ."A"
Curso Primário
Categ."C"
Curso Colegial
Categ."B"
Curso Ginasial
Categ."D"
Curso Superior
Neste estudo trabalhamos sempre com a Categoria A, a qual se refere ao primário incompleto. Quando de aplica esse tipo de teste psicológico é utilizada uma escala de comparação com resultados obtidos com um grupo usado como padrão, onde são estabelecidas categorias que permitem classificar os indivíduos em escalas de percentuais como SUPERIOR, MÉDIA SUPERIOR, MÉDIA, MÉDIA INFERIOR e INFERIOR. Esta escala permite dizer quantos sujeitos da pesquisa obtiveram resultados abaixo de determinado número. Ao interpretar os dados obtidos consideramos que o indivíduo obteve um resultado aquém, igual ou além da população que serviu de base à padronização da prova, com categorias baseadas na curva normal de probabilidades. Podemos então enquadrar os resultados dentro das seguintes categorias dispostos na TABELA 1.
TABELA 1
DADOS RELATIVOS AO TESTE
DE ATENÇÃO CONCENTRADA
CATEGO-RIA
PERCEN-TUAL
VALORES
N0 de SUJEITOS
01
0 a 24 %
IN
14
02
25 a 34 %
MI
1
03
35 a 64 %
ME
1
04
65 a 75 %
MS
1
05
75 % acima
SU
1
Os dados da TABELA 1 podem ser melhor visualizados no GRÁFICO 1, a seguir.
GRÁFICO 1
DISTRIBUIÇÃO DOS SUJEITOS EM RELAÇÃO AOS VALORES OBTIDOS NO TESTE DE ATENÇÃO CONCENTRADA
Detalhando melhor os dados obtidos vemos que na Categoria 1 14 pessoas conseguiram realizar somente 24% de teste, recebendo INFERIOR (IN). Na Categoria 2, a denominação é de MÉDIO INFERIOR (MI), para aqueles que conseguiriam um resultado entre 25 a 35% de realização da prova, o que ocorreu com 1 sujeito da pesquisa. Na Categoria 3, dá-se a denominação de MÉDIO (ME) , para os que obtiveram um resultado entre 35 e 65% da prova, apontou que 1 sujeito com este escore. Na Categoria 4, MÉDIO SUPERIOR (MS), para realização de 65 a 75% do teste, somente 1 sujeito da pesquisa ficou nesta categoria. Finalmente na Categoria 5, SUPERIOR (SU), para aqueles com sucesso acima de 75% da prova, e este resultado obtido por apenas 1 sujeito da pesquisa.
3.4 APRESENTAÇÃO DOS DADOS RELATIVOS AO TESTE DE ATENÇÃO DISTRIBUÍDA
O teste de atenção distribuída foi empregado para avaliar a capacidade do sujeito de identificar e relacionar prontamente estímulos do campo perceptivo, utilizando-se de esquemas de ação simples, com reduzido grau de complexidade, não exigindo esforço intelectual elaborado. Os resultados estão dispostos a seguir.
TABELA 2
DADOS RELATIVOS AO TESTE
DE ATENÇÃO DISTRIBUIDA
CATEGORIA
PERCEN-TUAL
VALORES
N0 de SUJEITOS
01
0 a 30 %
IN
9
02
21 a 45 %
MI
3
03
46 a 59 %
ME
1
04
60 a 79 %
MS
2
05
80 a 100 %
SU
3
Os dados da TABELA 2 poderão ser melhor analisados no GRÁFICO 2 que a seguir expomos.
GRÁFICO 2
DISTRIBUIÇÃO DOS SUJEITOS EM RELAÇÃO AOS VALORES OBTIDOS NO TESTE DE ATENÇÃO DISTRIBUÍDA
Neste teste dos 18 sujeitos testados, 9 obtiveram resultados de percentuais até 30% da prova, enquadrando-se na Categoria 1 (IN). 3 sujeitos conseguiram de 31 a 45% do percentual da prova, enquadrando-se na Categoria 2 (MI), e 1 sujeito obteve o percentual de 46 a 59% na prova, classificados na Categoria 3 (ME).
3.5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS RELATIVOS AO DITADO
Foi aplicado um ditado com dez palavras, de grafia simples, visando observar como estava o conhecimento do grupo de crianças, e se correspondia ou não a sua faixa escolar. As palavras escolhidas foram de natureza simples, mas com sílabas que propiciassem a troca de letras, devido a lateralidade mal formada. As palavras escolhidas foram BOLA, DADO, PIPA, CLARO, PLANTA, BRAÇO, PATO, BANANA, PRATO, DRAGÃO.
TABELA 3
DISTRIBUIÇÃO DE CATEGORIAS, PERCENTUAIS, VALORES E O NÚMERO DE SUJEITOS NA AVALIAÇÃO DO DITADO
CATEGO-RIA
PERCEN-TUAL
VALORES
N0 de SUJEITOS
01
0 a 24 %
IN
7
02
25 a 34 %
MI
1
03
35 a 64 %
ME
7
04
65 a 75 %
MS
0
05
75 % acima
SU
3
DITADO
Na aplicação do ditado, as palavras foram pronunciadas com bastante clareza e repetidas várias vezes, até se ter certeza que todos tivessem ouvido e memorizado, ou escrito. Para a cotação dos resultados pontuamos cada palavra como um ponto ganho, portanto o ditado completo tinha dez pontos. Desta forma corrigiu-se considerando como acerto as palavras grafadas corretamente. Utilizou-se para tabulação a TABELA3 na qual verificamos que das dezoito crianças que participaram da testagem, sete não conseguiram ultrapassar vinte e cinco por cento da prova, o que significava ter escrito três palavras corretamente. Outras sete conseguiram completar metade do ditado, e apenas três crianças, estão com uma grafia boa, pois atingiram mais de setenta e cinco porcento da prova, ou seja, acima de oito palavras corretas.
QUADRO 1
DADOS EXPOSITIVOS DOS RESULTADOS GLOBAIS
NOME
ATENÇÃO CONCEN-TRADA
ATENÇÃO DITRIBUÍ-DA
DITADO
Taís
IN
MI
SU
Bruno
IN
MI
ME
Idney
IN
IN
MI
Robson
IN
IN
IN
Walace Neves
IN
SU
ME
Sadraque
IN
IN
ME
Walace Gomes
IN
IN
IN
Bruna da Silva
IN
IN
IN
Ana Flávia
IN
IN
IN
Maxsuel
IN
IN
IN
Rosiane
IN
MI
ME
Kamile
IN
IN
IN
Clesiane
IN
MS
ME
Rosimere
IN
IN
IN
Weverton
MI
SU
ME
Adriano
ME
ME
ME
Jéssika
MS
MS
SU
Regimara
SU
SU
SU
3.6. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
A aplicação destes instrumentos foi uma tentativa de obtermos com maior rapidez e precisão a atenção dessas crianças. Isto por entendermos que esta característica é primordial para alfabetização, bem como para seu desenvolvimento psicomotor. O teste foi aplicado em 18 sujeitos e notou-se que mais da metade dos testados obtive resultados inferiores à média, no que se refere a Atenção Concentrada. Contudo, apresentaram maior equilíbrio na atenção distribuída e na grafia das palavras. Este dado é revelador de uma dificuldade de concentração da maioria dos testados, o que podemos inferir como resultante da escassez de estímulos do meio carente em que vivem, bem como a baixa nutrição alimentar propiciando dessa forma o não desenvolvimento de tal aptidão. Tendo em vista a deficiência do ambiente no atendimento das necessidades básicas dos sujeitos, é significativa a influência desse fator na capacidade de ação para efetuar uma atividade com eficiência. Devemos considerar também nesse estudo a faixa etária das crianças testadas, que cronologicamente se encontram no "período de latência". Muitos estudiosos consideram esta fase propícia ao aprendizado escolar, já que é o momento em que os sentimentos internos encontram-se equilibrados, pois foram solucionadas questões psíquicas que causavam ansiedade, conseqüentemente dificuldade para reter atenção no aprendizado sistematizado. Foi possível constatar que as crianças testadas encontram-se em estágios psíquicos anteriores ao citado acima, o que deve ser considerado como uma variável que interfere no resultado do teste, dado este proveniente da primeira avaliação realizada com estas crianças. Outro ponto a ser considerado é que algumas crianças conseguem distribuir sua atenção ainda de forma produtiva, o que vem corroborar com o comentário anterior, justificando que por estarem em fases de desenvolvimento anterior, ainda possuem sua atenção distribuída mais forte, em busca de estimulação e aprendizado mais social, para depois poderem aterem-se a estimulações que exijam a concentração.
3.7. APRESENTAÇÃO DOS DA-DOS REFERENTES AOS TESTES DE LATERALIDADE
A bateria para dominância lateral foi constituída de nove testes três para mãos, três para pés e três para olhos, e no que diz respeito aos pré-testes de lateralidade os dados obtidos são como segue no quadro 2
QUADRO 2
SUJEITO
MÃO
OLHO

RESULTADO
01
D
D
e
DDe
02
D
e
E
DeE
03
d
e
D
deD
04
D
D
E
DDE
05
D
D
D
DDD
06
D
D
E
DDE
07
D
D
D
DDD
08
D
D
D
DDD
09
D
D
D
DDD
10
D
D
D
DDD
11
E
E
E
EEE
12
D
D
D
DDD
13
E
d
E
EdE
14
d
D
E
Dde
15
d
D
D
Dde
16
E
e
E
eEe
17
d
D
D
dDD
18
D
D
D
DDD
19
D
D
D
DDD
20
E
E
E
EEE
21
D
D
E
DDE
22
D
D
D
DDD
23
D
D
D
DDD
24
D
D
D
DDD
25
D
D
E
DDE
26
D
D
D
DDD


Nota:
Lateralidades definidas
D - Direita
E - Esquerda
DDD - Destro Homogêneo
EEE - Sinistro Homogêneo
· DDF - Lateralidade Definida Cruzada
· Lateralidades Indefinidas
DeE
deD
EdE - Lateralidade Indefinida
dDE
dDD
EeE
Conforme se pode observar no QUADRO 2, dos 26 sujeitos estudados, 12 foram diagnosticados como destros homogêneo, 7 apresentaram lateralidade indefinida e 4 lateralidade definida cruzada. Apenas 2 sujeitos foram identificados como sinistros homogêneos. Em níveis percentuais esse resultado poderá ser melhor analisado a seguir.
TABELA 3
DADOS PERCENTUAIS PARA OS RESULTADOS DOS PRÉ-TESTES DE LATERALIDADE
Tipos de
Lateralidade
Número de
Sujeitos
(%)
Sujeitos
DH
12
46,2
LI
08
30,7
LDC
04
15,4
SH
02
7,7
TOTAL
26
100
Nota:
DH - Destro Homogêneo
LI - Lateralidade Indefinida
LDC - Lateralidade Definida Cruzada
SH - Sinistro Homogêneo
3.8. SIGNIFICADO DOS DADOS RELATIVOS AO TESTE DE LATERALIDADE
Ao analisar estes dados do pré-teste, percebemos que 12 sujeitos apresentam alterações quanto a definição da lateralidade, isso diz respeito aos sujeitos identificados com LI e LDC. Estes representam um total de 46,1% da turma. Os demais, caracterizados como DH e SH somam 14 sujeitos (53,5%). A inferência que se pode fazer é de que na turma, mais da metade dos alunos possuem lateralidade definida, o que é um bom resultado segundo a literatura consultada. Em relação ao pós-teste 22 crianças foram testadas A redução do número de sujeitos se justifica pelo fato de que na ocasião do pós teste algumas crianças não se encontravam freqüentando a escola. No pós-teste, 03 (13,3%) sujeitos definiram sua lateralidade, 16 (72,7%) não tiveram alteração, permanecendo definidos. Dos sujeitos que apresentaram sua lateralidade definida, 15 (68,D%) foram identificados com lateralidade homogênea e 4 (18,1%) com lateralidade cruzada. No final do estudo 3 (13,6%) tiveram sua lateralidade indefinida.
TABELA 4
DADOS PERCENTUAIS PARA OS RESULTADOS DOS PÓS-TESTES DE LATERALIDADE
Tipos de
Lateralidade
Número de
Sujeitos
(%)
Sujeitos
DH
13
59,0
LI
03
13,6
LDC
04
18,1
SH
02
9,0
TOTAL
22
100
Nota: (ver tabela 3)
De acordo com os resultados, percebeu-se que no pós-teste o número de sujeitos com lateralidade indefinida foi inferior ao número inicial, o que significa uma melhoria. Em relação ao número de sujeitos com lateralidade homogênea também observou-se uma melhora, mesmo que em menor proporção nos resultados do pós-testes, o que representou igualmente um ganho. No número de sujeitos com lateralidade cruzada nenhuma alteração foi feita. Segundo os autores PICQ e VAYER (1976, p.31), VAYER (1977, p.28) e DEFONTAINE (1979, p.25), as alterações da lateralidade-sinistrismo, sinistrismo contrariado, ambidestrismo etc., são encontradas com freqüência na criança, passando a ser a causa primária de dificuldades como alterações da estruturação e dificuldades perante a aprendizagem da leitura; escrita e ditado. Atribuem os referidos autores, a problemas como estes, o fracasso escolar, fobia pela escola etc. Chamam ainda a atenção para o fato de que a criança sinistra, muitas vezes em função do meio ambiente, é forçada a utilizar a mão não dominante, podendo tornar-se "contrariada" e ter em conseqüência dificuldades posteriores na aprendizagem. Esclarecem ainda que as crianças mais inteligentes procuram logo se adaptar com sua mão dominante, resolvendo de maneira mais ou menos feliz os problemas neuromotores. Por outro lado, crianças submetidas à utilização da mão não dominante e que são menos inteligentes sofrem conseqüências posteriores. A experiência revelou-me que inúmeras são as dificuldades encontradas pelas professoras ao assumirem a responsabilidade de ensinar, principalmente quando se trata de ensinar a ler e escrever. É fato que nem todas as crianças aprendem com igual facilidade. Há sempre aquelas que apresentam um maior grau de dificuldade, que demoram mais tempo para aprender. As vezes é fácil diagnosticar o problema que a criança apresenta e que dificulta sua aprendizagem. Problemas de vista, audição e retardo mental parecem ser os mais comuns. Nestes casos medidas como salas de aulas especiais, uso de óculos e aparelhos auditivos, além de métodos de ensino diversificados resolvem consideravelmente o problema. No entanto, existem crianças as quais os recursos citados acima não são suficientes para modificar seu comportamento e promover sua aprendizagem. As queixas das professoras deste estudo referiam-se essencialmente à dificuldade em relação ao aprendizado da leitura e da escrita por parte das crianças, a falta de atenção e o comportamento indesejado que essas assumiam em sala de aula. Aqui cabe-nos evocar NOVAES (op. cit., p. 19), dado que esta assegura que o mecanismo da escrita exige certas condições com as quais não haverá uma evolução harmoniosa neste setor. Estas condições são o desenvolvimento da motricidade, o desenvolvimento mental, o desenvolvimento da linguagem e o desenvolvimento afetivo. Prosseguindo, afirma que a desorientação na lateralidade, além de outros fatores trazem como conseqüência a dislexia. LE BOULCH (1979, p. 97), fortalecendo esta idéia expondo que "a afirmação da lateralidade e a orientação do esquema corporal são de extrema importância para a criança na faixa etária de cinco a sete anos, uma vez que ao ingressar na escola, estará diante de difíceis problemas, os quais terá que resolver. Há um certo risco se a criança for exposta a estas habilidade sem que tenha afirmado sua lateralidade". Diante dos resultados, percebemos que a turma investigada, além de apresentar pontos problemáticos já descritos anteriormente pela equipe de psicólogos, apresentou variações quanto a definição da lateralidade. Estas variações aliadas aos distúrbios de atenção podem em muito estar contribuindo ou poderão vir a contribuir para o insucesso dessas crianças diante as aprendizagens escolares e o seu bem-estar bio-psico-fisiológico
4 - CONCLUSÃO
As conclusões mais relevantes que foram possíveis obter após o término deste estudo dão conta que, na escola onde as crianças estudam há um número de alunos significativamente alto (30 alunos) por sala, um aparente despreparo das professoras, bem como material didático inadequado e insuficiente. Os alunos, sujeitos da pesquisa, pertencem a famílias de nível social baixo, que habitam bairros precários evidenciando-se a ausência de rede de esgoto, calçamento etc. Pelo que constatou a equipe de psicólogos, a gestação de tais crianças foi geralmente, sem planejamento prévio ou indesejada. Em sua maioria são crianças inaptas socialmente, com predomínio de insegurança, impulsividade e imaturidade psicossexual. Algumas apresentam sentimentos de expansão, agressividade despejada no meio, inquietude e escasso controle de impulsos. Em contrapartida, outras são inibidas, reprimidas na expressão de seus sentimentos, depressivas e muitas vezes voltadas para o concretismo e materialismo, o que revela também sua forma de inadaptação, que reflete muitas vezes conflitos familiares, falta de apoio e alto nível de pressão social. Essas crianças demonstram ainda uma carência de afeto e atenção, o que provavelmente justifica uma dificuldade de apreensão de fatos novos e conseqüentemente, distúrbios de aprendizagem e atenção e falta de interesse pelos assuntos escolares. Estas inferências encontram apoio na literatura consultada. De acordo com LAUFRE e Col. (apud GOLFETO 1993, p. 9), dos sete aos nove anos as crianças com características de Déficit de Atenção denotam certa inquietude, agressividade mascarada, dificuldades de atenção, baixo rendimento escolar, conduta anti-social entre outros comportamentos. Variações quanto a definição da lateralidade foi outra característica marcante nesse número de crianças. Há fortes indícios de que estas variações estejam provavelmente causando ou, no mínimo contribuindo para o insucesso dessas crianças com relação as aprendizagens escolares. No entanto, percebeu-se que um programa de atividades físicas interferiu positivamente na definição da lateralidade de algumas crianças. De acordo com o que foi exposto por NOVAES (1970), LE BOULCH (1982) entre outros, a lateralidade é um dos pré-requisitos necessários para que a aprendizagem ocorra de forma satisfatória. A análise feita pelo grupo de psicólogos, o depoimento dos professores de sala de aula, aliados à observação e acompanhamento das aulas de Educação Física, e o resultado dos testes de lateralidade permitiram as seguintes conclusões:
dificuldades na capacidade de atenção/concentração, comprometem a apreensão de conteúdos na sala de aula;
a falta de definição da lateralidade causa dificuldades na aprendizagem da leitura, escrita e ditado;
distúrbios relativos a Déficit de Atenção e lateralidade parecem manter uma relação de causa e efeito entre si;
problemas de ordem social e econômica igualmente comprometem o desempenho e/ou rendimento escolar de muitas crianças.
Assim sendo, os objetivos/conteúdos da Educação Física, quando tratados pelos profissionais da área com compromisso e responsabilidade, podem ser de grande valia para a superação de muitas das dificuldades já citadas. Eles representam um recurso a mais capaz de auxiliar no processo de aprendizagem. Para que o processo de aprendizagem ocorra de forma satisfatória, é necessário que a criança apresente uma série de pré-requisitos, estando entre eles a noção da lateralidade. Neste sentido é que acreditamos na contribuição de um programa de atividades físicas, baseado nos princípios da Educação Psicomotora para prevenir ou corrigir dificuldades relacionadas a capacidade de atenção, a dislexia, a disortografia, as funções psicomotoras e o rendimento e/ou desempenho escolar, assim como problemas de Déficit de Atenção.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COES, Maria do Carmo Rabelo, Déficit de atenção. Aula proferida no Programa de Pós-Graduação em Educação/UFES no período de abril a junho de 1996.
GARFINKEL, B. D., CARLSON, G. A., WELLER, E. B. Pschiatric disorders in childrens and adolescent. Tradução de Maria do Carmo. Filadélfia: Ed. Harvnort, Brace, Jovanonch. ING, 1990.
GOLFETO, José Hércules. A criança com déficit de atenção aspectos clínicos, terapêuticos e evolutivos. Campinas, 1993. Documentação não publicada elaborado na Unicamp (Universidade de Campinas).
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______________. Educação psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1983.
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NOVAES, Maria Helena. Psicologia escolar. Rio de Janeiro: Vozes, 1970.
POPPOVIC, Ana Maria. Alfabetização disfunções psiconeurológicas. 2ª ed. São Paulo: Vetor, 1975.
VEJA - Edição 1464 - ano 29 - nº. 40, p. 18, 2 de outubro de 1996. Editora Brasil.
ROMERO, Elaine. Efeitos de um programa de atividades físicas no rendimento escolar de crianças que apresentam ou não problemas de lateralidade cruzada. 1983. Dissertação (mestrado em educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS. Educação Física de base: relato de uma experiência de 1ª a 4ª série de 1º grau e pré-escolar. Belo Horizonte: Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, 1984.
VALLET, Robert E. Tratamento de distúrbios da aprendizagem. São Paulo: EPU, Ed da Universidade de São Paulo, 1977.
VAYER, Pierre. A criança diante do mundo. Tradução de Maria Aparecida Pabst. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1982.